Relacionamentos passageiros, por quê?

Têm pessoas com grande facilidade em encontrar um parceiro, mas, em contrapartida, uma imensa dificuldade em manter a relação durável.

Conheço uma moça, assim: bonita, alegre, espontânea, facilmente pula de um relacionamento para outro.

Mas, é justamente este “pular de um relacionamento para outro”, que define as pessoas que não conseguem manter um relacionamento.

Sabendo um pouco sobre a personalidade da moça que citei acima, descobri o quanto ela é “pegajosa” quando está com alguém.

Telefona para ele várias vezes ao dia, procura achar coisas em seu facebook…se tem uma foto dele com amigos, mas ao lado dele, eventualmente, uma mulher, pronto!

Já logo deduz que eles estão “ficando” . Liga para ele e cria a maior confusão.

O “cara” vai se distanciando aos poucos, e ela fica mais louca ainda… vai atrás dele…a vida dele, ou deles, vira um tumulto…

Quando ele finalmente “some”, liga para as amigas dizendo que vai se matar, que ninguém gosta dela, criando assim, um tumulto também para as suas amigas.

Ao voltar do trabalho, fica depressiva em casa, chorando, sem ânimo para nada! É como se o mundo tivesse acabado – para ela, acabou mesmo!

É muito fácil, para nós, que vemos a situação “de fora”, enxergar  claramente onde está o problema dessa moça e de muitos outros que reagem dessa forma:
– Ninguém, definitivamente ninguém,  gosta de se sentir como numa “gaiola”, ou perseguido, vigiado 24 horas por dia.

O companheirismo saudável deve ser “leve, livre e solto” – no bom sentido dessa frase.

No dia em que essa moça, assim como todos nós, nos darmos conta de que ser companheiro, oferecer carinho, amizade, ser amante, não significa “aprisionar” o outro, mas deixar livre, esperando sua volta de forma serena, teremos finalmente encontrado a paz que deve existir num relacionameto feliz.

E de repente, poderá acontecer de aparecer alguém que finalmente chegue para PERMANECER!

Lu Prado







Natural de Vitória (ES), não se considera uma escritora nem poetisa, no sentido técnico dessas artes. Escreve porque nasceu com esse dom: - o de escrever (à sua maneira) o cotidiano. Aposentada do Serviço Público Estadual - Área da Educação. Segundo ela, "escreve para acalmar seu coração"