JORNALISMO

Repórter da Globo chora ao relatar ganância em tragédia no litoral: ‘R$ 93 um litro d’água’

Durante o plantão do Jornalismo da Globo sobre a tragédia decorrente das chuvas no litoral de São Paulo, o repórter Walace Lara não conteve as lágrimas e chorou ao vivo. Em uma conversa com Sabina Simonato, Lara ficou com a voz embargada enquanto denunciava a exploração de comerciantes oportunistas que, aproveitando-se da situação, chegavam a cobrar até R$93 por um litro de água. “Deus está vendo”, criticou o profissional, claramente abalado pela situação.

Na da última terça-feira, 21 de fevereiro, o colaborador da Globo falou com a substituta de Rodrigo Bocardi diretamente de Caraguatatuba, local para onde a maioria dos feridos na tragédia foi transportada.

Antes de ir ao ar, Walace teve a oportunidade de ouvir o relato de Suzan Tavares, uma residente da praia de Boiçucanga, em São Sebastião. Durante a entrevista, Tavares compartilhou detalhes preocupantes sobre a disparada nos preços de itens essenciais, incluindo alimentos básicos e até mesmo água. Em meio à tragédia, o repórter ficou profundamente comovido e não conseguiu evitar expressar sua indignação.

“A gente fica pensando que nessas horas a gente vê muitos gestos de solidariedade, mas também muita ganância. Como diz o pessoal nas ruas: ‘Deus tá vendo’. Cobrar R$ 93 por um litro de água…”, disse, com a voz embargada.

Após o colega de trabalho ter se emocionado e fornecido mais informações sobre a tragédia, Sabina elogiou a atitude do jornalista, ressaltando que sua humanidade ficou evidente em seus gestos e emoções. A apresentadora ainda acrescentou que Walace é um repórter exemplar, que merece nota 10 pela sua dedicação em buscar a informação necessária. “Ele vai atrás, né?”, exaltou Sabina.

Em seguida, Walace Lara foi mais uma vez convocado para conversar com a jornalista e deu seu relato pessoal sobre o que tem visto de perto no litoral. “Desculpa, gente, eu vou respirar aqui e vou falar”, pediu ele.

“Eu estive ontem numa comunidade em São Sebastião, onde tem pelo menos 100 pessoas voluntárias tirando lama de dentro das casas. E assim, uma situação muito difícil para a gente ver, para acompanhar. As cidades não têm estrutura, então é tudo muito difícil. Muito complicado.”, disse.

Bastante indignado, o repórter citou novamente a alta no preço de itens básicos de sobrevivência. “E desculpa, mas é difícil ouvir um depoimento como a gente ouviu agora e não se emocionar. Cobrar R$ 93 em um litro de água na situação em que nós estamos aqui… É inacreditável”, revoltou-se.

Veja aqui o desabafo de Walace Lara:

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Redação Conti Outra, com informações do Notícias da TV.
Imagem destacada: Reprodução/TV Globo.

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