Revelação do testamento controverso de Gene Hackman causa surpresa e incerteza

O ator Gene Hackman, duas vezes vencedor do Oscar, morreu aos 95 anos e deixou um testamento controverso que exclui seus três filhos, Christopher, Leslie e Elizabeth, da partilha de bens. Documentos obtidos pelo site TMZ revelam que Hackman nomeou sua esposa, Betsy Arakawa, como única beneficiária de sua fortuna. No entanto, a divisão do patrimônio enfrenta um impasse jurídico, já que Betsy também foi encontrada morta, no mesmo dia que o marido, na mansão em que viviam, em Santa Fé, Novo México.

Hackman faleceu devido a complicações cardíacas aproximadamente uma semana depois da morte de Betsy, que tinha 65 anos e foi vítima da síndrome pulmonar por hantavírus, transmitida por roedores. Os corpos do casal foram descobertos apenas em 27 de fevereiro por um funcionário de manutenção da residência, que avistou a cena pela janela e alertou as autoridades.

O testamento de Hackman data de 1995, enquanto o documento de Betsy estipulava que, caso morresse antes do marido, a maioria de seus bens seria destinada a ele. No entanto, uma cláusula previa que, se ambos falecessem em um intervalo de 90 dias, suas mortes seriam consideradas simultâneas e o patrimônio seria destinado a instituições de caridade.

A herança do ator pode tomar caminhos distintos. No Novo México, o regime de bens geralmente considera o patrimônio como comum ao casal, a menos que exista um acordo pré-nupcial. Assim, a parte de Betsy pode ir para caridade, enquanto a de Hackman poderia ser destinada aos filhos, seus parentes vivos mais próximos, mesmo que não estejam contemplados no testamento. Christopher, primogênito do ator, contratou o renomado advogado Andrew M. Katzenstein, sugerindo uma possível contestação da partilha.

Em raras entrevistas antes de se tornar recluso em Santa Fé, Hackman comentou sobre sua relação distante com os filhos, frutos de seu casamento com Faye Maltese, de quem se divorciou em 1986.

Outro aspecto do caso envolve um pedido da representante do espólio do casal, Julia Peters, para que a Justiça impeça a divulgação de imagens, vídeos e evidências da cena das mortes. A medida busca preservar a privacidade dos falecidos, enquanto a imprensa internacional relata a existência de “imagens assustadoras” da ocorrência, incluindo gravações feitas pelas câmeras corporais dos policiais que atenderam ao chamado.







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