Ricardo Darín é um ator e diretor argentino. Homem culto e politizado, é considerado como um dos melhores e mais populares atores argentinos da atualidade.
A CONTI outra já publicou uma lista de alguns de seus grandes filmes e, em outra situação, também um vídeo onde ele discorre sobre o que é a UTOPIA (é só clicar nos links, ambos valem a pena)
Agora, mais uma vez, ele chama a nossa atenção após conceder uma entrevista diretamente de sua casa, onde está isolado, em que falou com o programa Ya somos grandes (TN). Alguns dos trechos da entrevista falam sobre a falta de empatia e a dificuldade de convencer as pessoas sobre a necessidade do isolamento. A transcrição de sua fala foi publicada pelo Diario UNO e traduzida pelo DCM. Seguem abaixo alguns fragmentos:
Quando indagado sobre como está lidando com a pandemia e a situação da Argentina ele diz:
“Eu levo como posso, mas estou bem. Com paciência, o que há para ter. A incerteza é algo que preocupa a todos nós. Não quero ser pessimista, mas todos os dias experimentamos momentos de luto. Hoje morreram 14 pessoas ”, marcou o artista.
(…) Já sobre o milhão de argentinos processados por violar a quarentena, Darín afirmou:
“É difícil se colocar no lugar de outras pessoas. Certamente, uma parte terá razões que não estão contempladas nas regras que todos temos que cumprir, mas há situações muito delicadas e que a Justiça avaliará quando chegar a hora. Isso não significa que não haja imbecis. É muito difícil combater a pandemia de imbecis. O grande problema são aqueles que acreditam que são os mais fortes da Terra, algo muito típico de nós. É angustiante para a grande maioria que está cumprindo as regras de isolamento ver que há outros que não querem ou não podem. Com aqueles que não podem, eu gostaria, se não rompesse o isolamento com isso, ficar juntos para ouvi-los.”
Alberto Ángel Fernández, presidente argentino, já prorrogou a quarentena até 26 de abril. Até ontem, 10 de abril, a a Argentina, segundo G1, tinha registrados 1.975 casos confirmados e 85 mortes. Segundo o presidente, caso o país não tivesse adotado a quarentena nacional, a Argentina teria mais de 45 mil casos confirmados e 83% dos leitos ocupados.