No último dia 26 de novembro o portal Terra publicou um artigo irretocável do jornalista e roteirista Jeff Benício. Nele, o autor ressalta as características de Richarlison que refletem sua originalidade, humanidade, humor ímpar e, principalmente, nenhuma pretenção de parecer sofisticado ou mesmo arrogante por ter se tornado tão famoso.
“I speak english, my friend.“, disse Richarlison em tom bem humorado frente ao jornalista que disse que não falava português já no início da copa. E é isso mesmo. Richarlison fala português, fala inglês, mas também fala a linguagem do povo que já algum tempo precisa desesperadamente de um ídolo com quem possa se identificar.
Seguem as palavras de Jeff Benício:
“Richarlison continua com os pés no chão, a alegria de um moleque de várzea, o olhar empático sobre quem está à sua volta.
Não sente a necessidade egoica de se exibir, ostentar e humilhar para se firmar especial. Ele sabe que é — e pronto.
Sagaz, o atleta tem noção do próprio valor e demonstra não querer aplausos o tempo todo para reafirmá-lo.
Somente pessoas emocionalmente estáveis e conectadas com sua essência conseguem tal desprendimento.”
E continua o autor:
“Richarlisson saiu da pequena Nova Venécia para ganhar o mundo, mas leva consigo aquele garoto que vendia doces e sorvetes de porta em porta para ajudar a tia que o criou.
Faz parte de uma elite, porém, continua gente como a gente, ao contrário de tantos colegas de esporte que renegam a origem, perdem a própria identidade e se tornam figuras intragáveis.
De certa maneira, o ídolo que ganha o equivalente a R$ 40 milhões por ano apenas em salários continua a ser o mesmo Charlinho dos tempos de pobreza e grandes sonhos.
Faz questão de ajudar quem está próximo e também estranhos. Por exemplo, mantém uma chácara que serve de hospedaria a famílias de pacientes de câncer em Barretos (SP).
Defensor da ciência, usou sua imagem pública para arrecadar fundos ao USP Vida, projeto que produziu testes, vacinas e respiradores ao longo da pandemia de covid-19.
É politizado e faz relevante discurso social. Nas redes sociais e em entrevistas, Richarlison se posiciona em prol do meio ambiente e no combate ao racismo.
Incentiva seus admiradores a praticar o exercício da solidariedade. Na época das trágicas enchentes em Petrópolis (RJ), pediu doações aos milhares de desabrigados e feridos.”
Daqui, eu me senti representada por Richarlison, por sua atuação no campo e fora dele, pelo artigo de Jeff e pelos tantos brasileiros e artistas que novamente se inspiraram ao ter contado com um ser humano original e muito, muito simpático.
Richarlison se preocupa com causas nobres e, ao olharmos para ele, fica claro que isso também o torna nobre uma vez seus atos são genuínos.
Obrigada por isso Richarlison!
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Foto (destaque): Reprodução do Instagram