Anos atrás quando eu fazia terapia com uma psicóloga, fiz três sessões seguidas chorando por estar angustiada. Na quarta sessão, eu não aguentava mais e lhe perguntei se não me receitaria um remédio, afinal eu estava mal, passando por um período sofrido, e tantos conhecidos meus tomavam que achei que havia chegado o meu momento. Para a minha completa surpresa, ela sabiamente disse:
– Você está passando por um processo doloroso e tem todas ferramentas internas para lidar. Remédio não é pílula de felicidade. Tudo bem você estar triste, tudo bem você estar sofrendo, tudo bem você não estar feliz e saltitante. Faz parte e é apenas mais um processo.
Esta informação me marcou demais. Eu posso não estar feliz. Assim é a vida, com altos e baixos, fases, aprendizados e transformações. Aprendi que quando estou mais down eu preciso ir a fundo “na minha escuridão”. Apesar de preferir quartos ensolarados, sempre adorei quartos escuros. Me retirar de cena e ficar na minha caverna, escrever em um diário tudo o que sinto, caminhar, exercícios de respiração e meditar me trazem ao centro e as respostas que preciso para seguir em frente.
Acredito que todos nós temos dons e motivações diante da vida. Se a depressão fosse interpretada como “algo espiritual”, seria o momento de se retirar um pouquinho do mundo, meditar a fundo em sua própria escuridão, levar a luz lá dentro e voltar para o mundo ainda mais consciente e seguro de si. No livro, Adultério de Paulo Coelho, há um xamã que diz algo similar à protagonista, ele a orienta a curar o vazio interior e lhe ensina a pedir luz para um espírito protetor.
Ir para dentro silenciosamente para se resgatar é um caminho lindo e extremamente normal. Perde quem não o faz, perde quem terceiriza suas emoções, perde quem não se dá ao trabalho de assistir a si próprio. No silêncio, zelando pela calma e compreensão por si mesmo, percebendo a transformação de ideias e emoções, nos fortalecemos e nos apoderamos de nossa própria sabedoria, consequentemente, lembramos o por que estamos aqui.
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