Chega um dia onde tudo fica pesado demais. Podem ser relações tóxicas, discussões com gente sem respeito, ou, ainda, na falta de reciprocidade daqueles que você mais estima. Quando esse tempo chega, só existe um caminho. Saber dizer adeus também é saber amar.
Assumir que alguns capítulos requerem um desfecho não é desistir. Não é como se você tivesse negado afeto ou como se todo o amor construído até então estivesse indo ralo abaixo. O adeus, no instante certo, é sinal de liberdade. Maior prova de autoconhecimento não há. Porque ter o copo cheio de emoções e gestos prejudiciais e mesmo assim ter a coragem de interromper esse ciclo, torna você e todos a sua volta um recipiente de empatia. E como estamos carentes de seres empáticos.
Sim, no início, talvez o aceno final possa soar egoísmo para quem ficou pelo caminho. Mas esse alguém que foi supostamente deixado para trás, pode não saber que, no fundo, o carinho genuíno acontece a partir da verdade. Nem tudo tem jeito se empurrado com a barriga. Nem tudo é resolvido em conversas através de portas fechadas. Em algumas ocasiões, o que nos resta é seguir em frente, com cada coração no seu próprio ritmo.
Saber dizer adeus também é saber amar. Nenhuma insistência justifica uma presença. Nenhuma chantagem agrega valor a um sentimento. E nenhum amor vai embora sem motivos para buscar ser mais feliz.
Imagem de capa: Sob o Mesmo Céu (2015) – Dir. Cameron Crowe
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