Abstrair e fingir demência. É isso que devemos fazer quando uma pedra nos é lançada. Tem gente que não pensa antes de fazer certos comentários, e a melhor forma de poupar conflitos é fingindo-se de surdo.
É como diz o velho ditado “Em boca fechada, não entra mosca”.
Pessoas que vivem de discussões não carregam paz em si, e por onde passam, levam discórdia. Guarde as energias apenas para emanar coisas boas. Sua serenidade vale muito mais.
Aprenda que quanto mais você se cala, mais o “agressor” se cansa. E quanto mais você dá corda, mais argumentos ele terá para continuar.
Imagine duas crianças brigando. Vamos supor que uma quer discutir, mas a outra não está interessada. Uma tentará se defender, e a outra cantará o “lálálá”. Imaginou? Sei que é um exemplo bobo, mas faça isso mentalmente.
Cante, coloquei os fones, vá para outro canto, mas fuja.
As crianças podem não entender quando fazem isso, mas sem perceberem e cantarolando evitam maiores discussões.
Mesmo adultos, sabemos quão difícil é engolir sapo, e não retrucar, entretanto, é melhor fingir que não se importa, do que perder a razão.
É tão fácil jogar toda a culpa em cima do outro. Difícil, é parar para ouvir o outro lado da moeda. Difícil, é deixar o orgulho de lado, e assumir a culpa quando se é culpado. Difícil, é perdoar quando se é ferido. Difícil, é se calar-se diante das discussões.
Que saibamos agir com sabedoria diante dos dissabores. Deixemos a poeira baixar para depois dialogar, que saibamos assumir nossos erros e perdoar quando temos razão, e acima de tudo, que saibamos manter nossa serenidade.
Certas coisas não merecem respostas. Em situações onde o diálogo é inviável, sábio é aquele que se cala.
Imagem de capa: Aaron Amat/shutterstock