A partir desta sexta-feira (27/9), astrônomos e entusiastas de todo o mundo terão a oportunidade rara de observar o cometa C/2023 A3, também conhecido como Tsuchinshan-ATLAS, em seu percurso pelo sistema solar. A última vez que ele esteve por aqui foi há cerca de 80 mil anos, e por isso sua aparição tem sido descrita como um dos maiores eventos astronômicos de 2024.
O C/2023 A3, apelidado de “cometa do século” por seu potencial de brilho intenso, promete encantar os observadores que conseguirem avistá-lo. Embora ainda não seja possível garantir se será visível a olho nu, alguns astrônomos sugerem o uso de telescópios ou binóculos para garantir uma boa visualização.
Filipe Monteiro, astrônomo do Observatório Nacional, destaca que o cometa estará visível um pouco antes do amanhecer no final de setembro e logo após o pôr do sol em outubro. “Ele transitará pelas constelações de Virgem, Serpente e Ofiúco, o que torna necessário um horizonte leste sem obstáculos para observá-lo nas primeiras horas da manhã”, explica Monteiro.
Para os observadores no hemisfério Sul, as primeiras imagens do cometa já começam a aparecer nas redes sociais, capturadas por astrônomos amadores que conseguiram detectá-lo nas luzes do crepúsculo. No entanto, a expectativa é que o C/2023 A3 alcance seu maior brilho ao se aproximar do Sol nesta sexta-feira (27). Após essa data, o cometa seguirá visível até o dia 2 de outubro, quando gradualmente perderá o brilho.
No dia 13 de outubro, o C/2023 A3 estará mais próximo da Terra, a uma distância estimada de 70,7 milhões de quilômetros. Essa será uma nova oportunidade para quem deseja ver o cometa em sua máxima aproximação. “Nessa data, ele poderá ser observado no horizonte oeste, mas a maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte livre, visto que o cometa estará muito baixo no céu, a até 30 graus de altura”, orienta Monteiro.
O Observatório Didático de Astronomia da Unesp também ressalta a importância de condições climáticas favoráveis e um céu sem poluição luminosa para a observação. Por isso, recomenda que os interessados procurem locais com pouca interferência para tentar visualizar o fenômeno.
Com origem na Nuvem de Oort, uma região distante e teórica que envolve o sistema solar, o C/2023 A3 é um dos cometas mais intrigantes dos últimos anos. Esses corpos celestes são compostos por gelo, poeira e materiais rochosos. Quando se aproximam do Sol, o calor vaporiza o gelo, formando a cauda característica que tanto fascina observadores.
Descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Tsuchinshan e posteriormente identificado pelo telescópio sul-africano ATLAS, o C/2023 A3 percorre uma órbita elíptica gigantesca. Isso significa que ele passa milhares de anos longe da parte interna do sistema solar e pode demorar mais dezenas de milhares de anos até ser visto novamente.
Para a comunidade científica, a passagem do C/2023 A3 representa uma oportunidade única de estudo e de apreciação de um fenômeno raro. Nos próximos dias, a recomendação é manter os olhos no céu e, se possível, registrar essa visita histórica, que dificilmente será repetida em nossas vidas.
Dicas para observação do C/2023 A3:
Prepare os equipamentos e a curiosidade científica — o “cometa do século” está a caminho!
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