Os professores brasileiros têm um dos piores salários do mundo pela categoria. Os dados são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e fazem parte do estudo Education at a Glance, que mapeia dados sobre a educação nos 36 países membros da organização e 10 parceiros, incluindo o Brasil.
A pesquisa revelou que um professor em início de carreira que dá aula para o ensino fundamental em instituições públicas recebe, em média, US$13.971 por ano no Brasil. Em Luxemburgo, o país com o maior salário para docentes, um professor recebe US$ 70.192 dólares por ano.
Nos primeiros anos do ensino fundamental, o salário mínimo anual brasileiro fica bem abaixo do montante de pago em Luxemburgo, país com melhores rendimentos. Os professores brasileiros também ganham menos que docentes de países vizinhos como o Chile, onde eles recebem inicialmente US$ 23.429 por ano. O país também fica atrás da média dos países da OCDE (incluindo a Lituânia, que entrou recentemente no grupo), que registra salário anual inicial de US$ 31.919.
No segundo segmento do fundamental, o Brasil continua com o salário inicial anual de na última posição, enquanto a média da OCDE sobe para US$ 33.126. No ensino médio, os países da OCDE pagam em média US$ 34.534 por ano, e o Brasil segue com o mesmo salário inicial anual.
“Os salários mínimos estatutários podem lançar luz sobre a atratividade da profissão, e no Brasil também são consideravelmente menores que em outros países latino-americanos, como o Chile (cerca de US$ 24 mil), Costa Rica (US$ 24.900) e México ( variando de cerca de US$ 20 mil na educação infantil e anos iniciais do fundamental para US$ 49.300 no ensino médio).”
O documento chama a atenção para o fato de que “a remuneração e as condições de trabalho são importantes para atrair, desenvolver e reter professores qualificados”. Quando considerada a média salarial e não o salário mínimo, considerando bônus e subsídios, os valores aumentam um pouco, mas ainda assim o Brasil fica entre os piores:
“O salário médio (anual) para professores de 25 a 64 anos no Brasil passa de US$ 22 mil na educação infantil para US$ 24.100 no ensino médio. Em comparação, a média da OCDE varia de US$ 36.900 a US$ 45.900. Esses valores também mostram que os salários no Brasil tendem a variar menos nos níveis de educação do que nos países da OCDE, onde os professores do ensino médio ganham em média cerca de 25% a mais que professores da educação infantil.”
Os problemas do ensino médio brasileiro não se restringem aos salários dos professores. O estudo mostra que, considerando a população adulta do país, entre 25 e 64 anos, mais da metade dos brasileiros não completaram o ensino médio. O índice é mais que o dobro da média registrada pelos países da OCDE.
A baixa nas matrículas do ensino médio ajuda a puxar para baixo o percentual da população matriculada em algum nível de escolarização. No Brasil, apenas 69% dos jovens de 15 a 19 anos estão matriculados na escola, enquanto a média da OCDE é de 85%. Dos 20 aos 24 anos, 29% possuem matrícula no país, já a méida é de 42%.
A pesquisa destaca, no entanto, que houve um progresso significativo em relação a 2007. O índice de jovens adultos, de 25 a 34 anos, que atingiram o ensino médio passou de 47% naquele ano para 64% em 2015. Nesse cenário, o Brasil registrou um dos maiores aumentos entre todos os países analisados, ainda que o crescimento não seja suficiente para atingir a média da OCDE de 85% da população dessa faixa etária a atingir a etapa.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mantém um ranking da educação em 36 países, no qual o Brasil atualmente está na penúltima posição, à frente somente do México.
***
Fonte: O Globo
Se você estava procurando um bom motivo para não sair de casa hoje, saiba que…
O estudante é fruto de um arranjo familiar em que a mãe biológica é irmã…
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.
Como estudantes, muitas vezes nos deparamos com imagens de texto que talvez precisemos incluir em…