Se não for para caminhar ao seu lado, fazer planos, somar sorrisos e entender um pouco mais um do outro, qual é o sentido? Não existe isso de amor perfeito, mas é possível acrescentar a nossa melhor versão para que ele seja de verdade.
Se não for para ser assim…
Se não for para te escutar quando transborda, quando me conta – empolgada, histórias sobre o seu passado e presente, melhor nem deixá-la entrar.
Se não for para acreditar nos carinhos, no seu cuidado comigo e no seu constante desejo de viver novos instantes na minha companhia, melhor nem sentir vontade de te abraçar.
Se não for para confiar em você, para segurar a sua mão com certeza e para abrirmos uma cerveja no domingo, melhor nem sair de casa.
Se não for para nos admirarmos em silêncio, para dançarmos sem uma música específica e para nos desligarmos do mundo com algum filme fora de cartaz, melhor nem dizer que a sorte está conosco.
Se não for para ser assim…
Se não for para viver um bocado ao seu lado, corrigir o futuro, esticar as pernas no presente e amar a cada toque um pouco mais, qual é o sentido? Quem sabe, talvez o amor perfeito não seja um estado utópico, mas um conjunto de intensidades daqueles que o sentem.
Se não for para ser assim, cheio e tranquilo, melhor nem dizer que te amo.
Imagem de capa: Loucamente Apaixonados (2011) – Dir. Drake Doremus