Todo mundo gosta de dinheiro. Eu, você, o moço que largou tudo e foi vender água de coco na praia, a moça que virou a mesa e saiu pelo mundo com uma mochila nas costas, o dono da barraca de pastel na feira, o médico que ficou de plantão no feriado, o mestre que ainda insiste que a educação é a única saída digna para a perdida raça humana. A questão é apenas identificar quem é o dono de quem. Parece simples. Mas não é, não! Não é mesmo!
Por enquanto, e isso é uma coisa absolutamente transitória, somos seres de carne, osso e mais uma porção de órgãos e sistemas que precisam funcionar adequadamente para que continuemos vivos. E ocorre que manter um ser humano vivo demanda a manutenção de uma quantidade razoável de itens materiais. Comida, abrigo, descanso, ocupação do corpo e da mente, diversão, segurança, informação, locomoção, convivência.
Todavia, nossas necessidades básicas variam incrivelmente de um indivíduo para outro. Há quem precise de muito pouco para considerar-se alegre e satisfeito em suas aspirações mundanas. Assim como há aqueles que quanto mais coisas adquirem, mais coisas arranjam para desejar, e cobiçar e depender. Tudo é apenas uma questão de perspectiva.
A triste verdade é que quanto mais “bens” você acumular, mais encrenca para sua cabeça você arranjará. A simples decisão de ter um automóvel, por exemplo – ainda que seja um prosaico modelo popular – incluirá a sua desavisada pessoa numa rede de elementos comedores de dinheiro. Ter um veículo motorizado para rodar por aí, acarreta um ônus bastante complexo: seguro, manutenção, impostos obrigatórios, gasto com combustível, estacionamento, e mais uma porção de pequenos e médios investimentos financeiros que impactarão diretamente a maneira como você passará a gastar o seu tempo.
Quanto mais coisas você tiver, mais horas terá de trabalhar para mantê-las. E quanto mais você aumentar suas horas de trabalho, mais vai acreditar que merece comprar mais coisas para compensar o tanto que trabalha. E, não, a equação não fecha nunca. É tipo aquelas dízimas periódicas de números infinitamente repetidos.
E quando menos você esperar, estará soterrado em seus delírios de consumo, e escravizado a um modelo de vida que reduz a sua existência a uma representação tosca de alguma coisa muito pouco parecida com o que se poderia chamar de vida plena.
Se a sua alma não está à venda, não há dinheiro que pague a sua paz de espírito. Porque prosperidade financeira é até bacana… até a página dois… até você descobrir que deixou de ser aquele que possui, para ser um fantoche tolo e caricato que vive em função de um punhado de papel. Que vem andando de joelhos para acumular objetos de desejo além da conta. Que vem vendendo o seu tempo em troca de coisas que, assim como você, não vão durar para sempre.
Imagem de capa meramente ilustrativa. cena do filme “Miss Sloane”
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