A pandemia de coronavírus nos obrigou a permanecer isolados em nossas casas, o que fez com os lugares que antes preenchíamos com nosso estilo de vida extravagante – ruas, praças, parques e praias – ficassem praticamente vazios, como se o tempo tivesse parado para nós. Com isso, o restante da natureza, os animais não-humanos, entenderam que é chegada “a vez deles”. Muitos já voltam a ocupar os espaços que são naturalmente deles, sem se preocupar com a constante ameaça dos animais mais destrutivos do planeta.
Uma prova disso é um vídeo que circula nas redes sociais desde a última terça-feira, e quem vêm causando frios na espinha em muita gente. Trata-se de uma gravação, feita pelo empresário Cesar Duarte, que mostra um grupo de tubarões nadando livre e despreocupadamente na Costa do Rio de Janeiro.
Segundo o jornal Extra, o empresário testava um jet-ski perto da Praia do Laboratório quando foi surpreendido pelo avistamento de 15 tubarões. Ele, que carregava um drone, parou para fazer a filmagem. Há cerca de 15 anos trabalhando com passeios de barco em Angra – serviço que foi interrompido devido à pandemia, Cesar diz que nunca tinha visto uma cena como essa:
“Todo ano os tubarões aparecem. Mas eram sempre dois, três juntos. Ontem, eram 15. Alguns pulavam na água. Nunca vi tantos tubarões juntos, muito menos perto da praia” conta ele, impressionado.
Para o especialista em tubarões, Otto Gadig, professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Une), os tubarões estão mais visíveis durante a quarentena. Ele avisa, entretanto, que não há perigo nisso.
“Estamos constatando um aumento no número de avistamentos de tubarões, e não no número de tubarões. Para haver mais tubarões precisaríamos de muitos anos sem ter pesca. Porque eles demoram muito para repor a população. São animais com reprodução lenta. O que está acontecendo é que eles estão tendo uma folga com um pouco menos de pesca e com menos gente de alguma forma causando alguma perturbação no ambiente deles.”, explica o professor.
Gading conta ainda que os tubarões são animais muito tímidos e relutantes à presença humana, mas que agora podem estar mais à vontade devido à menor circulação de pessoas. Por isso, são vistos se aproximando mais das praias”.
No caso do grupo flagrado ontem em Angra, a água quente do local, influenciada pela atividade da Usina Nuclear, também é um atrativo para os tubarões-galha-preta, que chegam a medir quase três metros.
Um tubarão-baleia, que pode chegar a 12 metros, foi filmado há poucos dias por pescadores próximo à Ilha Mãe, em frente à Praia de Itaipu, em Niterói. Gadig afirma que o mesmo que vem ocorrendo com a fauna terrestre em todo o mundo – com bichos saindo de seus esconderijos com a presença menor de pessoas – acontece com esses animais.
“Os tubarões-baleia nessa época aparecem com mais frequência no litoral Norte de São Paulo e no Rio. Mas tínhamos registros de um, dois. Agora, já foram de 8 a 9, com filmagens de quase todos. Em Barra de Guaratiba há poucos dias um chegou pertíssimo das pedras. A explicação também está na menor perturbação no ambiente.” , acrescentou o professor.
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