O sonho de uma boa parcela da população é ser famoso. Mas será que ser famoso é uma maravilha tão grande assim? Eu acredito que não! E para refletir sobre isso, trago um texto bem curto do brilhante filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella.
SER FAMOSO E SER IMPORTANTE
“Você e eu sabemos que vamos morrer um dia. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto a minha morte não acontece para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena…
A esta hora preciso ser capaz de fazer falta. No dia que eu me for eu quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante.
Há uma diferença entre ser famoso e ser importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante.
Importar significa levar para dentro. Alguém me importa para dentro, me carrega.
Eu quero ser importante. Por isso, para ser importante eu preciso não ter uma vida que seja pequena. E uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que só se apoia e si mesmo, fechada em si. Eu preciso transbordar. Eu preciso me comunicar. Eu preciso me juntar. Eu preciso me repartir nessa hora… Minha vida, que, sem dúvida ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena…”
Eu me identifiquei completamente com essas palavras, porque é exatamente assim que eu penso. Eu também tenho o desejo intenso de ser importante, mas não famoso. E já aprendi que para ser importante eu tenho que viver uma vida que valha a pena, que mude sem deixar a minha essência, que viva intensamente o momento presente, e evite fazer o que todo mundo faz, ou seja, seguir o caminho da mediocridade.
Eu me impressiono com o fato de as pessoas da nossa sociedade atual estarem perdendo a noção do que é ser importante. A maior parte associa à fama, o que é um grande engano. A fama é algo extremamente passageiro, mas a importância fica para sempre. Ela vai tão mais além que leva ao encontro das almas. Quando alguém é verdadeiramente importante para outra, o convívio e encontro pessoal é tão profundo, que falta palavras para descrever, pode-se apenas vivenciar.
Ele fala que existem pessoas que são absolutamente importantes e não são famosas. Vou citar um exemplo mais que concreto, a minha mãe. Ela não é famosa, não quer ser, e muito provavelmente nunca será, mas posso afirmar que ela é muito importante, porque aonde ela vai, leva a sua energia pacificadora e espiritual. Ela tem um dom incrível de ouvir os outros e , quando necessário, dar bons conselhos. Frequentemente ela recebe seus amigos em casa, que vão para desabafar suas tristezas, mágoas ou frustrações. Essa sua atitude generosa faz com que ela receba um lugar especial no coração de todos os seus verdadeiros amigos. Minha mãe é uma pessoa que certamente fará falta quando se for. No seu enterro ela receberá dezenas, talvez centenas de homenagens.
Muitos podem até ficar aflitos por eu estar falando isso, mas não me incomodo nem um pouco. As pessoas tem medo de falar da morte, mas eu não, eu a tenho como uma grande amiga. Posso morrer hoje ou amanhã, ou mesmo daqui a 80 anos, que a minha alegria, satisfação com a vida e sentimento de que fiz a minha parte sempre estarão presentes. O senhor Mario Sergio Cortella também me ensinou muito a observar e entender a morte sob um ponto de vista muito mais profundo.
Quando você morrer, terá sido uma pessoa famosa ou importante? Adoro o questionamento que o Mario sempre faz às pessoas. Qual é a tua obra? Faça-se essa pergunta hoje! Quando você se for, qual legado você terá deixado? Você terá vivido uma vida de se orgulhar? Para que isso aconteça, sua vida não pode ser pequena.
Para continuar filosofando sobre esse tema tão instigante, deixo o link de um dos textos do Mário que tive a honra de compartilhar, que se chama “A vida é muito curta para ser pequena”…
Imagem de capa: Reprodução
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