A serotonina é um neurotransmissor produzido no tronco encefálico e desempenha papel em muitas partes do organismo. Embora, todas as suas áreas de atuação ainda estejam sendo descobertas, estudos já apontam alguns lugares onde esse neurotransmissor age.
Em primeiro lugar ela é um dos responsáveis pelo humor. Estando com transmissão inadequada, é natural que o indivíduo se sinta irritado, mal-humorado, ansioso, impaciente, propenso a chorar etc. Melhorando a qualidade da transmissão, logo existe o alívio deste quadro.
Existe a hipótese de que os sintomas da TPM também estejam ligados à baixa transmissão de serotonina em nosso cérebro. Além dos sintomas clássicos de irritação, existe, ainda, uma relação da serotonina com as cólicas. É ela a responsável por contrações uterinas, ou seja, espasmos, que podem causar as indesejáveis cólicas e dores da TPM.
A serotonina é responsável pelo estado de vigília de nosso cérebro, ou seja, ela que nos deixa em alerta. Para que uma pessoa tenha um sono adequado, ela age de duas formas diferentes. A princípio, regula a primeira fase do sono, chamada de NREM. No entanto, para que a fase mais profunda aconteça – o sono REM -, esse neurotransmissor deve estar inibido.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam a depressão não significa, exatamente, a falta de serotonina em nosso organismo. A crença talvez tenha vindo da efetividade da ação de antidepressivos que aumentam a disponibilidade do neurotransmissor no cérebro Na verdade, o que acontece em casos de depressão, ansiedade e outros distúrbios afetivos, é que a transmissão de serotonina não está tão efetiva quanto deveria ou está em desequilíbrio.
Alguns antidepressivos atuam inibindo seletivamente a recaptação da serotonina, aumentando dessa forma a quantidade dela nos espaços entre os neurônios, facilitando a neurotransmissão. Isso faz com que a pessoa tenha o seu humor melhorado, diminuindo também a ansiedade e irritabilidade. O remédio não vai fazer produzir serotonina, ele vai fazer com que ela não seja degradada. Ele funciona como inibidor da recaptação.
A relação entre saciedade e serotonina acontece em nosso hipotálamo. Em níveis normais de transmissão, o indivíduo se alimenta normalmente. No entanto, pessoas com transmissão abaixo da média acabam abusando de doces e massas para se sentirem satisfeitas.
Hoje, uma das chaves do tratamento da enxaqueca está na serotonina. Os remédios usados para tratar as dores – geralmente antidepressivos – influem nos receptores da serotonina, diminuindo a sua recaptação. Com isso, a disponibilidade do neurotransmissor aumenta e, com ela, a disposição do indivíduo. Mais disposto, as dores aliviam. Isso acontece porque, a serotonina é importante reguladora das vias sensoriais de nosso corpo, inclusive da via dolorosa. Quando há diminuição da recaptação, os estímulos também caem, o que leva à amenização da dor.
Embora muitos o chamem de “neurotransmissor do prazer”, em excesso, a serotonina atrapalha o desempenho sexual, essa relação acontece no hipotálamo. Quando há transmissão intensa, a libido cai, chegando a interferir no orgasmo de ambos os sexos.
Essa relação acontece, por exemplo, quando um indivíduo toma antidepressivos, que melhoram a transmissão da serotonina em nosso cérebro e, logo, diminuem a libido.
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