Ana Macarini

Seu filho tem medo? Saiba como agir!

Criança tem medo mesmo. Inclusive, o medo é um sinal de inteligência, pois demonstra que a criança é capaz de reconhecer o perigo e fazer algo para escapar dele!.

O problema é quando um medo natural passa a ser algo desproporcional e que começa a limitar as experiências da criança, até mesmo em ambientes seguros.

Neste caso, preste atenção ao comportamento da criança, acolha, tente compreender e ajude-a a entender o quanto é real e o quanto é fantasioso o que ela está sentindo.

Aqui vão algumas dicas para ajudar você a lidar com os medos dos pequenos:

1 – Nunca ria ou zombe do medo da criança, o que é óbvio para você, não é óbvio para ela. A criança está aprendendo a interpretar o mundo, e precisa da sua ajuda para aprender a discernir o que real, do que é fantasia. Ouça, faça perguntas de forma clara, para auxiliá-la a racionalizar o medo. Por exemplo, se a criança tem medo de cachorros, explique que é natural, no caso de ser um cão desconhecido. Mas que, no caso do cão mansinho da vizinha que está preso na coleira, não há porque temer. Não é preciso tocá-lo, mas não é preciso deixar de brincar na pracinha porque o cãozinho está lá.

2 – Medos noturnos são bem comuns. Há crianças que têm medo do “monstro debaixo da cama” ou do “monstro do guarda-roupa”. Para ela, quando tem 4, 5, 6, até 7 anos, eles são reais. Ajude-a a levar na brincadeira… Compre um borrifador de água e diga que você descobriu uma fórmula mágica de fazer monstro desaparecer. Misture na água coisas inofensivas como um pouco de lavanda infantil, limão, um pauzinho de canela, uns cravos da Índia… faça um rótulo com a criança bem divertido, como “ESPANTA MONSTRO” ou “DERRETE MONSTRO”. Deixe ao lado da cama e diga que se ela achar que o monstro vem vindo é só espirrar a fórmula mágica!

3 – Ajude-a a reconhecer os barulhinhos da casa quando já é noite, tudo fica silencioso, para que a família possa dormir. O tic-tac do relógio da cozinha, o ronco do papai, o ressonar do cachorro, o ruído da caixa d’água, os latidos na rua, os gatos no telhado… e assim por diante… Às vezes a criança tem medo desses barulhos, simplesmente porque não sabe nomeá-los, não sabe de onde eles veem.

4 – Não force a criança a enfrentar o medo, acreditando que um tratamento de choque é a solução. Não é! O enfrentamento forçado pode piorar a situação e levar a criança a desenvolver quadros mais sérios de fobias e até depressão e síndrome do pânico. Acolha, console e garanta que se você está junto dela naquela situação, é porque não há nada que ela precise temer. Mostre confiança e que ela pode confiar em você.

Ana Macarini

"Ana Macarini é Psicopedagoga e Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita. Acredita que todas as palavras têm vida e, exatamente por isso, possuem a capacidade mágica de serem ressignificadas a partir dos olhos de quem as lê!"

Recent Posts

Agnaldo Rayol falece de forma trágica aos 86 anos e deixa legado na música brasileira

O cantor Agnaldo Rayol, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, faleceu nesta segunda-feira,…

14 horas ago

Padre causa polêmica ao dizer que usar biquíni é “pecado mortal”

Uma recente declaração de um padre sobre o uso de biquínis gerou um acalorado debate…

14 horas ago

A triste história real por trás da série ‘Os Quatro da Candelária’

A minissérie brasileira que atingiu o primeiro lugar no TOP 10 da Netflix retrata um…

15 horas ago

Você sente “ciúme retroativo”? Ele pode arruinar as relações

O ciúme retroativo é uma forma específica e intensa de ciúme que pode prejudicar seriamente…

2 dias ago

Reese Witherspoon volta à comédia romântica neste filme encantador que conquistou o público da Netflix

Este comédia romântica da Netflix com uma boa dose de charme e algumas cenas memoráveis…

3 dias ago

Dica Netflix: Filme com Chris Evans baseado em um inacreditável caso real vai salvar a sua noite

Baseado em uma história real de tirar o fôlego, este filme de ação estrelado por…

3 dias ago