Se vivermos com simplicidade, aprendemos a viver a vida com intensidade, sem nos preocuparmos com a opinião dos outros.
É chegado o tempo de termos um relacionamento pessoal com nós mesmos. De nos colocarmos em frente ao espelho e bater um papo sério. É tempo de cada um valorizar a sua vida pessoal, não a de fulano ou de beltrano. É tempo de parar de viver em função dos outros, e passar a viver com intensidade a vida pessoal de cada um de nós, porque aquilo que nos falta, não poderá ser suprido no outro ou na outra. Cada um tem o seu próprio mundo cheio de alegrias ou decepções, por isso devemos nos preocupar com os nossos próprios males.
Nos dias de hoje, com o advento das redes sociais, é muito comum vermos algumas postagens sendo usadas como se fossem da própria pessoa, embora muitos conheçam o seu autor/criador. Diante disso, começam os comentários, sejam eles de elogios ou críticas. E tudo isso porque as pessoas se preocupam mais com a vida das outras do que com a própria vida. Mas não se trata de um simples desejo de usurpação, trata-se de um ato de negação de si mesmo, porque muitos querem tanto viver a vida de outra pessoa, que acabam deixando de viver a sua própria vida, limitando-se assim, a uma mesquinhez espiritual e pessoal.
Algumas pessoas têm o terrível hábito de se preocuparem mais com a vida alheia, do que com a própria vida. Isso é latente, mas tão forte, que parecem ter o desejo de gritarem de forma audível: “Eu queria ter a sua vida.” É verdade! Como no filme que tem como título essa frase, onde um advogado e pai de família e um solteirão sem rotina definida, numa noite, se entregam à bebedeira e acabam acordando com os corpos trocados. Daí o que acontece é uma enorme confusão.
Esse assunto é meio complexo, e daria na realidade um filme dramático. Essa atitude que leva a pessoa a se preocupar com o que a outra esteja vestindo, se está ou não fora do peso, se o cabelo está cheio de pontas, etc, etc e etc. mostra apenas uma fraqueza de caráter, que faz com que essas pessoas sejam infelizes e mais frustradas do que livres. Porque enquanto fazem disso uma expectativa de vida, estão colocando uma barreira mental na sua própria evolução. Nesse caso, o que faz bem, é não dá muito valor às opiniões alheias, simplesmente porque não dá para viver uma vida intensamente vivida, se ficamos o tempo todo focados naquilo que fulano ou beltrano está fazendo ou tramando.
Nós temos um olho que tudo vê. A nossa própria consciência. Só que esse olho, nada vê da vida dos outros, ele é interno. Ele nos informa sobre tudo aquilo que é reprovável ou aceitável dentro da nossa sociedade e na nossa vida. Então devemos acreditar que nossos comportamentos estão comprometidos com o nosso modo de viver, e não de outras pessoas. Então quando tomamos um remédio, estamos providenciando a nossa própria cura, é a nossa vida que está em jogo. Bem, de qualquer forma, quanto mais nos interagimos com as pessoas que se preocupam mais com a vida alheia, descobrimos que é apenas porque elas não têm o suficiente para preencher o vazio da sua própria vida.
Então vamos aprender a nos preocupar apenas com nossa vida e seguirmos em busca da nossa própria felicidade.
E que cada um, siga fazendo o mesmo…
Imagem de capa: Yuganov Konstantin/shutterstock
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