Nesta frase o sujeito:
Há um infinito de outros exemplos – sempre mais nos outros do que em nós, como manda aquela insensata cegueira seletiva- de como é possível piorar ainda mais um feito mal feito, vulgarmente chamado defeito.
Defeito é um negócio que era para ir em uma direção e vai para outra, que provocaria risadas se não provocasse raiva ou repulsa, que geralmente invade o terreno alheio e provoca bagunça não desejada.
Defeito é um feito do qual seu dono algumas e equivocadas vezes se orgulha, crê que marca sua individualidade e personalidade, que o destaca na massa, a mesma massa que em geral se esforça para esconder e reprimir seus próprios defeitos.
Defeito não é de propósito, as mais das vezes, mas também não é trabalhado para se transformar em virtude. Defeito é cicatriz. A pessoa tem e carrega os seus como quem carrega a bolsa, sempre pesada e cheia de tralhas inúteis.
Não é difícil conviver com defeitos. Se olhar com simpatia, podem ser características.
Sofrível é viver com defeitos espaçosos, egóicos, inflacionados e supervalorizados. Aí sim, dá aquela vontade de correr para longe.
A pessoa que fala o que lhe vem à cabeça, sem o mínimo filtro de cortesia por exemplo, carrega um grande defeito. Isso não é sinceridade nem espontaneidade, é grosseria, e das grandes. É o defeito de se esvaziar e encher de lixo, o próximo.
Defeito todo mundo tem e muitos de nós compartilhamos os defeitos coletivos, mas, entre segurar a onda de estragos e caprichar para dar mais emoção, se você prefere a segunda opção, eu preciso te contar um segredo: Ninguém ama os seus defeitos! Se são tolerados, é por uma atitude miúda que ainda não passou pelos seus pensamentos: Educação, cortesia, bom senso.
Não valorize seus defeitos não, ao contrário, se possível, coloque as virtudes na mesa para a alegria de quem está por perto.
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