Porque não há nada de errado em esclarecer os seus sentimentos sobre uma pessoa. Se vai durar uma noite, três dias, duas semanas ou anos, pouco importa. Desde que a sinceridade seja prioridade na hora de demonstrar o que se sente por alguém, o outro coração agradece – mesmo que ele não reconheça naquele momento.
A gente precisa parar de brincar com os inteiros alheios. Confessar interesse por uma única noite é mais maturidade do que fingir estar presente em vários encontros quando, no fundo, a mente e a cumplicidade estão em um lugar completamente distante. Tem gente que faz isso por carência. Tem gente que faz isso por comodidade. Seja qual for o caso, nada mais é do que uma clara imaturidade emocional. Pessoa alguma merece tanto descompromisso.
O problema é que a gente também não sabe lidar com a sinceridade de quem não quer ou espera muito do futuro. Mas deveríamos, pois quem tem a honestidade para assumir interesses limitados ao menos tem a urgência para dizê-los. Poupa a conversa mole, as mentiras, as desculpas, as expectativas elevadas. Não é que essas pessoas são melhores do que outras, nada disso. A diferença é que emocional delas teve que crescer cedo, porque foram tantos dias sem equilíbrio que elas entenderam a máxima de qualquer consideração: não faça o que você não quer que façam com você.
Maturidade emocional não é pra gente conversar da boca pra fora. É para ser colocada em prática do primeiro afeto até a última troca de palavras. Ninguém quer cruzar o caminho de alguém que não tem a responsabilidade e a sensibilidade de ser puro coração com o outro. Logo, só entre, só aconchegue-se e só permita-se caso, entre muitos respeitos, você tenha realmente a intenção de ficar.