Vivo sem essa expectativa que machuca, sem essa carência de quem nunca sentiu o gosto do amor. Eu já provei do amor, ele só não foi o tal amor da minha vida. É motivo para desespero? Não. Tratei de me colocar como prioridade. Vou colhendo afetos aqui e ali, mas tenho como foco principal a minha leveza.
Eu não tenho interesse em impor um amor. Mas eu também não tenho mais idade e disponibilidade para um amor metade, para um amor meio quente. Como disse anteriormente, já sei do sabor desse tipo de amor. Se for para ser amor, se for mesmo o amor da minha vida, que venha em sintonia. Que ele esbarre comigo sem medo, sem qualquer trava que o impeça de seguir adiante ao meu lado. Nem metade nem inteiro, quero um amor compromissado.
Ainda assim, nada disso é suficiente se eu não estiver enxergando o meu emocional como prioridade. Porque quero encontrar um amor que venha também vestido desses mesmos cuidados. Porque um amor de uma vida não pode chegar pra remendar situações e sentimentos que não faziam parte da vida dele.
Logo, é bem-vindo e muito mais sincero quando olho para o espelho e não me vejo coadjuvante da minha própria felicidade. A maior demonstração de soma que posso presentear alguém é reconhecer todos os meus lados. Ao fazer isso, eu não só estou transbordando maturidade, como também apresento confiança e respeito por quem encaixou perfeitamente no meu abraço.
Vivo na contramão do desamor. Não me assusta falar de amor, não me tira o sono imaginar um amor. Mas estou de bem com a solitude. Hoje em dia tenho toda a calma do mundo quando se trata de esperar pelo amor da minha vida. E tudo porque aprendi a não deixar de evoluir a minha.
A gente atrai o amor que combinamos dentro de nós.