Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é coisa que mais quero.
-Adélia Prado
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando o amor se revelou, e a minha alma acordou.
O coração fez alvorada festiva e meus olhos abriram-se para o meu interior .
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando as bonecas foram guardadas, e a menina-moça apaixonada cantarolava e ensaiava declarações de amor.
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando passei a amar a mesma paisagem, a beber da mesma fonte e caminhar numa única direção.
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando aprendi conjugar o verbo amar e desejar ardentemente morar na primeira pessoa do plural. O sujeito da minha vida não era oculto nem composto, mas definido e singular.
Eu tinha lá meus treze anos de idade , quando meu corpo respirava, inspirava, expirava, transpirava, suspirava e alucinava desvairado. Nada mais importava , só o amor .
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando soluçava de saudade, sonhava, devaneava e esperava ele passar. Depois, contava toda prosa o que era um grande amor .
Eu tinha lá meus treze anos de idade, quando o amor se revelou e minha alma acordou.
Eu era feliz e sabia.