São tão ingênuas essas críticas ao ‘halloween’: colonialismo, imperialismo, mimimismo. Como se nosso país não fosse uma fusão de diversas culturas que coexistem (bem ou mal). A pessoa toma cerveja. Joga futebol. Vê o filme do Woody Allen. Pira com uma guitarra. Comemora natal e dias santos católicos. Mas, claro, quer mostrar sua consciência nacional contra o halloween no facebook. Má vá! Amiguinhos, nada mais nazifascista do que a luta por uma pureza racial ou cultural. O bonito do Brasil não é a comemoração do Saci, nem do Halloween. É do Saci no Halloween, é da mistura. E da liberdade de se fazer o que se quiser culturalmente.
Eduardo Lacerda
Nota da Conti outra: o texto acima foi publicado neste site com a autorização do autor.
Eduardo Lacerda, autor do livro de poemas Outro dia de folia, nasceu em Porto Alegre em 1982, mas vive em São Paulo, cidade que ama, desde os dois anos de idade. Cursou Letras, com habilitação em Português e Linguística, na Universidade de São Paulo, mas não concluiu o curso. Como um legítimo geminiano, também não conseguiu concluir nada até hoje. Coeditou a Revista Metamorfose e O Casulo – Jornal de Literatura Contemporânea. Já trabalhou como assistente de produção cultural na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura e como produtor cultural no Programa São Paulo: um Estado de Leitores. Atualmente, é coeditor da Editora Patuá, onde acredita que livros são amuletos. Tem poemas publicados em revistas eletrônicas e impressas como Entrelivros, Mirante, Ventos do Sul, Cronópios, Germina e em algumas antologias, como a Antologia Vacamarela e El Vértigo de los Aires (México). Não se considera poeta, sua verdadeira paixão é fazer nascer livros e poetas. Não se leva a sério, embora leve a sério a literatura. Por fim, gosta de truco, tango, cerveja, tarot, video-games e orquídeas. Outro dia de folia foi premiado pelo ProAC 2011 – Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo.
Publicação autorizada pelo autor.
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