Essas palavras são do coração, moça. Somos além das incertezas, encantos. Somos maravilhas daquelas que quem não conhece, reconhece. Somos um mundo de possibilidades e verdades. Somos aventuras, juras e promessas. Ah, como somos.
Somos aventuras das mais loucas. Para nós, um dia qualquer é tudo o que precisamos. A preguiça de um domingo não incomoda. Tanto faz e tanto fez se nada estiver passando na programação. Os pés em encontros debaixo das cobertas e um cardápio de vontades no colo é o que queremos. Enquanto o mundo segue correndo para viver, vivemos abraçados no nosso mundo. E sorrimos, dançamos e dormimos na mesma intensidade dos blocos de carnaval. Somos cheios de amor sem cotas afetivas.
Somos juras das mais bobas. Para nós, um carinho qualquer é tudo o que pedimos. A correria da semana não nos afasta. Tanto faz e tanto fez se os trabalhos estiverem amontoados na agenda. Criamos um tempo fora do calendário. Segundos e minutos já sabem os caminhos que levam aos nossos lábios. Enquanto o mundo disputa relacionamentos passageiros, apostamos em quantos beijos perderemos a noção da hora. E estamos, ficamos e fomos na mesma direção. Somos cheiro de cumplicidade e há quem diga que não.
Somos promessas das mais sinceras. Para nós, um até logo qualquer é tudo o que aceitamos. A saudade é motivo para fazer tudo de novo. Tanto faz e tanto fez se os amantes são considerados clichês. Temos orgulho da nossa história. Enquanto o mundo insiste no amor equacionado, escrevemos “eu te amo” sem porquê e explicação. Dizemos, gritamos e escutamos no meio da multidão. Somos gosto de poesia, já aviso de antemão.
Essas palavras são do coração, moça. Somos além dos desencontros, encantos. Somos seres transbordantes de felicidades. Somos românticos, quem não conhece não pode sequer imaginar. Somos instantes de presentes e verdades. Somos aventuras, juras e promessas. Ah, que bom que somos.
Imagem de capa: The Notebook (2004) – Dir. Nick Cassavetes