Sabe qual é o nosso grande problema? Comparar as nossas limitações com as habilidades do outro. Essa atitude cruel é um verdadeiro massacre para a nossa autoestima. Somos os nossos piores carrascos, isso é fato. No geral, sempre temos um excelente discurso motivacional para aqueles que nos procuram para expor as suas fragilidades, contudo, em se tratando da nossa fragilidade, a coisa muda de figura.
Temos essa mania adoecedora de comparar aquilo que temos de mais vulnerável com a maior potencialidade do outro. E, enquanto fazemos isso, menosprezamos, por completo, as habilidades que temos e que nos destacam dos demais. É como se nos resumíssemos àquilo que não conseguimos realizar com maestria. É como se nos esquecêssemos, por completo, de que somos constituídos de habilidades e limitações e que, ambas nos tornam únicos nesse universo.
Talvez nos falte humildade suficiente para aceitarmos que nunca seremos bons em tudo. Quem sabe, tenhamos que admitir a importância das nossas vulnerabilidades, pois são elas que nos tornam dependentes do outro, funcionando, portanto, como um alerta acerca da nossa frágil condição humana. A nossa vaidade e o nosso ego têm muita dificuldade em aceitar que nem sempre seremos o espetáculo. Quem é muito apegado aos holofotes sente-se profundamente desconfortável na condição de expectador do espetáculo do outro. É frustração garantida a expectativa de ser sempre aplaudido. Haverá momento em que estaremos sob os holofotes, como haverá momentos em que estaremos invisíveis, é a vida.
Precisamos de muita humildade para aceitar os nossos momentos de sombra e invisibilidade. Precisamos de maturidade para enxergar no outro aquela habilidade que tanto gostaríamos de ter, sem que isso nos cause frustração ou até mesmo a maldita inveja. Já pensou se não possuíssemos nenhuma limitação? Acredito que seria como dar asas às cobras. Precisamos de serenidade para perceber que, como humanos, nos completamos. Eu tenho um dom, você tem outro, e isso nos possibilita uma troca; é isso que nos aproxima; é uma mão se estendendo à outra buscando o que não tem e ofertando o que possui.
Me posicionando como exemplo nesse contexto, percebo o seguinte: me destaco na escrita desde criança, sempre fui muito elogiada por essa habilidade. Transformo uma frase num textão em cinco minutos. Contudo, tenho muita dificuldade com a oratória. Sou tímida e vejo como uma tortura qualquer situação em que eu tenha que falar em público. Já me esquivei de muitas situações, hoje, já procuro enfrentá-las. Eu tinha a mania de me comparar àquela pessoa que é exímia e, inevitavelmente, o sentimento de fracasso me invadia. Mudei a tática, passei a ser mais gentil comigo. Passei a me comparar comigo mesma nas experiências anteriores. E tem funcionado bem. Passei a me sentir vitoriosa pelo simples fato de enfrentar a situação. E me dei conta de que a cada enfrentamento eu me supero e vou deixando o sentimento de incapacidade cada vez mais tímido.
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