Somos finos como papel, exclamou algum dia o velho safado. E de fato, a nossa existência é extremamente frágil, fugaz, transitória. E mais fato ainda é que sabemos disso, de tal maneira que se torna até clichê. Entretanto, alguns clichês precisam ser repetidos, porque parece que em verdade não os compreendemos.
Não controlamos quase nada na vida e estamos todos na maior parte do tempo flutuando na brisa, lembrando Forrest Gump. Todavia, há uma parte da vida em que somos diretamente responsáveis, uma parcela menor, é bom que se diga, mas ela existe e sendo, portanto, tão rara, devíamos valorizá-la e fazer o melhor que poderíamos com ela, de modo a tornar as nossas vidas e a vida dos que dividem conosco este espaço melhor. Infelizmente, sabemos que não é bem isso que acontece.
Se a maior parte não nos cabe, a que nos cabe administramos muito mal, tão mal que chego a pensar quão pior seria se controlássemos tudo. Somos egoístas, individualistas, mesquinhos, estúpidos, insensíveis… Determinamos, rotulamos, excluímos, desarticulamos.
Será que acreditamos que esse mal que fazemos torna o mundo um lugar melhor? Como se não bastasse, vivemos em um mundo de aparências, em que o sucesso baseia-se tão somente no ter e as relações funcionam exatamente como operações na bolsa de valores.
Mundo de pessoas tristes, multidões vazias, vidas marcadas pelo desespero, likes no Facebook e lágrimas no banheiro.
E, assim, justifico o motivo de falar de um clichê, pois mesmo sabendo de todas as limitações, agimos de maneira desprezível na parte que nos é competente. Digo mais, não adianta apenas pensar nisso quando uma tragédia acontece, pois lembrando Shakespeare –“Devemos chorar os homens quando nascem, não quando morrem”.
Ou seja, somente durante a vida, a cada nova aurora, podemos tornar a vida um lugar melhor, buscando saboreá-la nas suas reais belezas, ajudando quem tem sede e sabendo que nas pequenas flechas de luz que se abrem, sempre devemos fazer o nosso melhor, para nós, para o outro e para a vida, pois lembrando outra vez o velho Bukowski: “A vida pode ser boa em certos momentos, mas, às vezes, isso depende de nós”.
Quando a nossa fragilidade vem à tona é muito mais fácil refletirmos sobre tudo que nos cerca e o modo estúpido como temos vivido, mas, ainda assim, é extremamente difícil arregaçarmos as mangas e fazermos o diferente, porque isso dá trabalho e somos uns animaizinhos preguiçosos e acomodados, de modo que mais do que finos como papel, somos tristes como papel em branco, porque toda vez que temos o papel em nossas mãos não nos esforçamos nem um pingo para deixá-lo colorido.
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