Antes de prosseguirmos, algumas regras precisam ser informadas. São três. Ainda estamos em construção e toda sugestão é bem vinda, mas desses três princípios não abrimos mão; 1. Fale sobre suas loucuras. 2. Continue falando sobre suas loucuras. 3. Dê um abraço na pessoa mais próxima no momento. Completada todas as regras citadas, seja bem vindo (a) ao clube. Também somos conhecidos, carinhosamente, pelo nome Clube dos Loucos. O grupo não é grande, mas transborda amor com facilidade.
Em tempos de intolerâncias, preconceitos e uma espécie de sanidade orquestrada para o fechar do coração, convoco todos os espíritos deslocados para sonharmos juntos. Essa conversa de ingenuidade por acreditar num mundo melhor não passa de pessimismo daqueles que desistiram de acreditar. Realidade é perspectiva e não condição. Enquanto existir fôlego para pessoas como nós – que insistem, tudo será possível. Não ligue das suas manias serem estranhas ou engraçadas sob o olhar dos outros. Ignore se praticar o certo e o gentil fará de você um pobre coitado, ou, no discurso pejorativo – “bonzinho só se fode”. Nada disso. Tampouco pincele felicidade. Quem gosta de ser feliz em parcelas é o banco. Gargalhe como se não houvesse amanhã. Beije de língua, mas sem pensar no movimento seguinte. Faça sexo por tesão e não para trapacear o relógio. Cante alto sua música favorita, mesmo na rua. Sorria mesmo sem ter ouvido o possível aceno de alguém. Assista inúmeras vezes o filme que deixa o coração em êxtase. Pequenas loucuras despercebidas pela maioria, mas tão fundamentais quanto escolher levantar da cama dia após dia.
Somos loucos, entendeu? Aprendemos diariamente com essa sintonia que grita forte por esse amor sadio, cúmplice e que não nega mais. Por quê? Corações inteiros não precisam responder porquês.
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