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“Ahasverus e o Gênio” – momento de reler Castro Alves
Sabes quem foi Ahasverus?... — o precito,
O mísero judeu, que tinha escrito
Na fronte o selo atroz!
Eterno viajor de eterna senda...
Espantado a fugir de tenda...
“O último poema”, penso que todo poeta já desejou ter escrito...
O ÚLTIMO POEMA
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como...
“Eros e Psique”, um extraordinário poema de Fernando Pessoa
Conta a lenda que dormia/ Uma Princesa encantada/A quem só despertaria/ Um Infante, que viria...
“Metade”, poema de Oswaldo Montenegro
E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.
“Joaquim Sapé” poema espetacular de Manoel de Barros
Os ornamentos de trapo de Joaquim Sapé já estavam
criando cabelo de tão sujos.
Joaquim atravessava as ruelas da Aldeia como se fosse
um Príncipe.
Com aqueles ornamentos...
Prospecção, um profundo e belo poema de Miguel Torga
Procurar as riquezas dentro em nós: seria este o principal objetivo da Vida?
Prospectar-se: seria este o ato de obediência ao "Conhece-te a ti mesmo"?
Abaixo,...
“Via Láctea”, um poema para quem ama ouvir as estrelas
Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de...
“O Impossível Carinho”, num transbordar de ternura
O Impossível Carinho
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu...
O menino que carregava água na peneira
O poeta Manoel de Barros é de uma ternura imensurável. Quando fala de crianças, da infância, da sua iniciação na arte de ver a...
Venho de Tempos Antigos – Poema de Hilda Hilst
Deus: Uma superfície de gelo ancorada no riso.
Venho de tempos antigos. Nomes extensos:
Vaz Cardoso, Almeida Prado
Dubayelle Hilst… eventos.
Venho de tuas raízes, sopros de ti.
E...
“Lamento da Mãe orfã”, de Cecília Meireles às mães cujo filho...
Lamento da Mãe orfã
Foge por dentro da noite
reaprende a ter pés e a caminhar,
descruza os dedos, dilata a narina à brisa dos ciprestes,
corre entre...
Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente), poema de Tiago de...
Dedicado a Carlos Heitor Cony, Tiago de Melo escreve, em 1964, "Os Estatutos do Homem". Assim, meio à turbulência de um país marcado pela...
Saibamos o que os poetas falam das mães
Quando a mãe é a musa, assim nasce o poema:
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz...