Há músicas que tocam profundamente a nossa alma e, em Monte Castelo, música de Renato Russo, vocalista do grupo Legião Urbana, a mescla de Camões e das palavras do apóstolo Paulo, trazidas de sua carta à Igreja de Corinto, fala-nos de modo peculiar.
Falar de amor, hoje em dia, é um ato de resistência. Falar desse amor sublimato, etéreo, trazido da angelitude, assim como fez Renato Russo, nesta canção, chega a ser uma incitação à evolução humana.
Curtamos esse nosso “Momento Legião”:
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrario a si é o mesmo amor
Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria
Fonte indicada: Revista Pazes