Todo mundo que acompanha futebol sabe que o Brasil é o maior exportador de jogadores do mundo. Praticamente todas as ligas profissionais do mundo contam com ao menos um brasileiro atuando nela. Desde as grandes ligas da Europa, como a Premier League, a La Liga e a Bundesliga, até ligas bem menores como a Canadian Premier League ou a V.League 1, por exemplo. Contudo, apesar de ser um grande exportador de atletas, o país passa longe de ser um grande exportador de técnicos e é sobre isso que nós da Betsonly, onde você encontra casas de apostas com depósito mínimo de R$5, falaremos hoje.
Que o Brasil é um grande exportador de jogadores, todo mundo sabe, mas porque será que o mesmo não ocorre com os técnicos brasileiros? De fato, ao longo da história, pouquíssimos técnicos brasileiros conseguiram ter sucesso fora do país. Na verdade, a maioria dos técnicos brasileiros que conseguiram se sobressair fora do Brasil, o fizeram em países com menor tradição no esporte. Como Carlos Alberto Parreira, que após sua bem sucedida passagem pela seleção brasileira, acabou dirigindo seleções nacionais de menor expressão e times em países sem muita tradição no futebol. Ou Tuca Ferretti, que fez sua carreira inteira no México onde se tornou extremamente respeitado e, inclusive, dirigiu a seleção do país em algumas breves ocasiões.
Já no topo do mundo futebolístico, a Europa, pouquíssimos brasileiros se deram bem. O número é tão pequeno que pode ser contado nos dedos. Talvez o treinador brasileiro que mais teve sucesso na Europa nos últimos 20 anos foi Luiz Felipe Scolari, o “Felipão”. Depois de ter sido campeão da Copa do Mundo de 2002 com a seleção brasileira, Scolari dirigiu com bastante sucesso a seleção portuguesa liderando-os em performances bastante convincentes tanto na Euro de 2004 quanto na Copa do Mundo de 2006. Felipão ainda dirigiu um dos maiores times da Inglaterra, o Chelsea, até 2009 quando sua “carreira europeia” praticamente terminou. Podemos citar também Vanderlei Luxemburgo que, no auge de sua carreira em 2004, chegou a dirigir o Real Madrid. Apesar de não ter ido tão bem nos “Merengues”, só o fato de ter dirigido um dos maiores times da Europa já coloca Luxemburgo entre os técnicos brasileiros mais bem sucedidos da Europa.
Agora, para piorar a situação para os técnicos brasileiros, mesmo o mercado interno parece estar encolhendo para eles. Nos últimos anos diversos grandes times brasileiros têm contratado treinadores estrangeiros e depois do sucesso de alguns deles, como os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira, isso parece ter virado uma tendência no país e os treinadores brasileiros parecem estar em baixa até mesmo no Brasil. Mais qual seria o motivo para isso?
Bem existem diversas teorias e possíveis explicações para o fato de treinadores brasileiros não conseguirem se dar bem na Europa. Muita gente, como Parreira, por exemplo, acredita que talvez seja uma questão de metodologias e culturas diferentes ou mesmo de falta de formação por parte dos treinadores brasileiros. “Talvez seja o idioma, a formação que não tínhamos até então. Os treinadores europeus são formados, eles fazem curso depois de terminarem a carreira de grandes jogadores. Sem isso eles não estão habilitados a trabalhar. Tivemos poucas oportunidades e as que tiveram não foram bem aproveitadas”, disse ele em uma entrevista em 2019. Já outros, como o jornalista britânico Joshua Law, acha que simplesmente falta qualidade aos treinadores brasileiros. “Eles não são bons o suficiente. O futebol é uma profissão bastante meritocrática, então os melhores geralmente – nem sempre, mas geralmente – chegam ao topo. O ponto mais importante talvez seja porque eles não são bons o suficiente”, disse Law em uma entrevista recente. Já para o técnico brasileiro Alexandre Gama, a explicação passa por um suposto lobby feito pelos técnicos europeus, que teriam criado “reservas de mercado” e diversas regras e exigências (como possuir uma licença de treinador emitida pela UEFA para poder atuar em algumas ligas) que acabaram dificultando as coisas para os treinadores brasileiros e facilitando as coisas para os treinadores europeus. Já diversos outros especialistas, ex-jogadores e técnicos acreditam que a “escola brasileira” passa por um processo de declínio que se iniciou após a conquista da Copa do Mundo de 2002 e que o país “ficou para atrás” e não está mais na vanguarda do futebol mundial. Muitos apontam que diversas mudanças táticas e técnicas pela quais o esporte passou nos últimos anos vieram de países e treinadores europeus e que os times e técnicos brasileiros passaram a apenas copiar o que era feito na Europa.
Seja qual for a explicação para o fato de os treinadores brasileiros não conseguirem oportunidades de trabalho no exterior (e mesmo para a falta de oportunidas que eles enfrentam atualmente em seu próprio mercado interno) muitos especialistas apontam para a necessidade do futebol brasileiro se reinventar e de redescobrir o “jeito brasileiro” de jogar que levou o país a conquistar cinco Copas do Mundo e a encantar o planeta.
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