Imagem de capa: Liukov/shutterstock
Parte-se do princípio de que, quando alguém some, é por do medo, insegurança ou indecisão. Quando na verdade, essas teorias são apenas desculpas de quem não quer assumir uma relação e pretendem fazer do outro refém das suas atitudes egoístas.
Sejamos realistas: quem, realmente quer, dá um jeito. Quem não quer, arruma desculpa. Quando alguém desaparece no meio já está deixando claro sua intenção de não continuar a história e os motivos pouco importam.
Pode ser que tenha percebido que o outro não era aquilo que se imaginava; ou que não houve a química esperada ou, até, que o encanto tenha acabado, o fato é que “sumir” além de deixar claro que o outro não se importa é uma tremenda falta de respeito.
Nem sempre nossas escolhas são certas. Nem sempre a química rola, o santo bate e o amor é recíproco. Mas, o mínimo que se poder fazer, é dizer adeus e fechar a porta. É tão bonito quando alguém diz que não nos ama mais, que joga limpo apesar da situação desconfortante, que fala a verdade mesmo que doa. Feio é desaparecer e achar que o outro ficará em stand by esperando sua volta.
Acontece (quase) sempre assim: Vocês estão juntos e, do nada, o outro desaparece. Some mesmo. Das redes sociais aos telefonemas. Você, sentimental que só, entra em ciclo de culpa e questionamentos tentando entender o que o levou a fazer isso. Quer a verdade? Você deveria é estar feliz! Relacionamentos com pessoas inconstantes são um saco!
Você programa jantar com a família, ele nunca vai. Você quer relacionamento sério, mas ela não esqueceu o ex. Confia um segredo ao seu “melhor” amigo e ele usa o mesmo como piada no churrasco de sábado. Por favor, né? Entenda que há pessoas incríveis e que merecem nossos sentimentos, enquanto outros fazem um bem danado saindo de nossas vidas.
O grande Oscar Wilde dizia que “algumas pessoas levam felicidade onde quer que vão; outras, a deixam quando vão embora”. E é bem assim que acontece.
Ser abandonado por um amor, traído por um amigo e confiar em quem não deveria não são exclusividades suas. Todos nós, em algum momento da vida, tivemos decepções com quem não esperávamos. Sofremos, sentimos raiva e, depois de algum tempo vimos que, essas pessoas, nunca nos fizeram mal, pelo contrário, fizeram um bem danado ao saírem das nossas vidas.
Quando alguém desaparece, temos a tendência de questionar os motivos e sofrer pelas probabilidades, quando na verdade deveríamos é comemorar, já que a vida deu um jeito de tirar das nossas vidas, quem nunca deveria ter entrado.
Não entre na neura de achar que as pessoas estão fugindo de você. Elas estão fugindo é delas. Fugindo da chance de serem felizes, de terem alguém bacana do lado, de terem um companheiro de vida. Fuga é autoflagelação da alma.
Sou a favor da premissa que devemos ser objetivos e claros em tudo. Nessa linha acredito que desparecer é uma forma cruel de dizer “não”. É querer liberdade, deixando o outro em prisão. É ser egoísta a ponto de não se importar com a dor do outro. É brincar com o sentimento de quem respeita você. Sumir é covardia.
Compartilho da ideia de Aristóteles quando afirmava que “o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde.”
Quer um conselho? Deixe ir. Você não merece metades, incertezas, indecisões. Pare de querer ter em sua vida quem insiste em sair. Se o outro não teve a maturidade em despedir ao sair, tenha você em não aceitar as desculpas quando ele resolver voltar.