Sabotagem. Eis uma palavra que não é tão comum, mas também está longe de ser uma desconhecida em qualquer história de vida.
Você é sabotado, quando te omitem uma verdade, quando é lesado, enganado, injuriado, prejudicado…
Você poder ser sabotado infinitas vezes ao longo da vida. Pode descobrir, pode sequer desconfiar, pode nem querer saber e ir levando…
Você pode achar normal, que é do jogo, pode se sentir ultrajado, magoado, revoltado, enganado…
Mas, e quando a sabotagem parte da parte que deveria se defender das possíveis sabotagens, intencionais ou não?
Fazemos isso? Fazemos esse total desserviço a nós mesmos, sabotando-nos e nos subtraindo oportunidades que poderiam ser positivas para nossas próprias vidas?
Sabotamo-nos quando temos preguiça. Preguiça de tentar algo, pesquisar, preguiça de entender, considerar, analisar. Deixamos de entrar em contato com um monte de novos caminhos, possibilidades, pessoas e lugares, por conta da tal preguiça.
Sabotamo-nos quando sentimos fadiga. Com a velha desculpa de que estamos cansados de tentar isso ou aquilo, que estamos exaustos de bater com a cabeça na parede, a cara das portas, a mão na ponta da faca… sentimo-nos feridos e abatidos pela fadiga. E, para evitar mais dores e mais suores, sabotamo-nos, crendo que estamos fazendo o certo.
Sabotamo-nos quando criamos temores. Da mesma forma que criamos desenhos, textos, looks e fantasias, criamos temores. Temores robustos, bem alimentados, verdadeiros paredões que nos impedem de ultrapassar as dificuldades e enxergar possíveis soluções. E nos sabotamos, em total paralisia.
De fato, queremos demais que a vida seja leve, que o café esteja quente, que a chuva só caia, quando estivermos abrigados e agasalhados, que a saúde esteja em dia e que o mal passe bem longe.
Mas, para afastar o que não queremos por perto, para manter o que já conquistamos e para dar passos mais adiante e vislumbrar outros horizontes, precisamos urgentemente derrotar, esmagar, dizimar esse medo que nos cai tão bem quanto um par de botas de chumbo. Precisamos, finalmente, deixar as coisas darem certo!
Texto revisado por Flávia Figueirêdo
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