Muito se tem falado a respeito das oscilações de humor da mulher nos períodos da TPM, gravidez e menopausa, geralmente na perspectiva de ajuda às mulheres. Aqui sugerimos dicas para os homens lidarem com estes períodos, uma vez que partimos do pressuposto que aquilo que ocorre a uma das partes, ocorre ao casal e à família.
Como o homem poderá contribuir para uma convivência harmoniosa nessas fases?
As alterações hormonais da mulher são uma condição natural do seu ciclo menstrual e também devem ser compreendidas desta forma: com naturalidade. Da mesma maneira, dentro do relacionamento conjugal, esta variação emocional deve ser vista como parte integrante da vida a dois; notadamente porque expõe a relação às emoções e atitudes que, intensificadas durante este período, não representam exatamente a medida comum do temperamento da mulher. Estas emoções e comportamentos, quando não devidamente compreendidos, podem trazer consequências para o casal levando a brigas e desentendimentos ou até mesmo precipitando crises conjugais e rupturas.
Embora as alterações de humor na mulher façam parte da sua natureza, há casos em que os sintomas ultrapassam a proporção da regularidade e causam excessivo desconforto. Para estes casos o conveniente é buscar ajuda de profissionais da saúde, pois pode haver uma confusão com transtornos psíquicos que devem ser tratados adequadamente.
As reações à TPM evidentemente variam entre as mulheres. É importante presumir que estas reações emocionais estão também diretamente relacionadas às atividades e condições globais de vida da mulher, ou seja, de acordo com os conteúdos mentais e emocionais cultuados durante todo o mês e do modo como cada um lida com a própria vida. Na TPM estes conteúdos são exacerbados e que, portanto a sua expressão fica mais flagrante. Por esta razão, o bom senso recomenda que discussões e decisões importantes devam ser evitadas durante esta fase.
Outro fator que deve ser levado em conta é a relação da mulher com o próprio corpo, com a autoimagem e com o respeito aos ritmos e ciclos naturais. Em algumas tradições as mulheres se recolhem no período da menstruação como um momento muito particular de respeito ao feminino. Hoje é sabido o quanto a atividade física regular ameniza os efeitos do desconforto gerados pela TPM.
O homem evidentemente pode ajudar a mulher a superar as bruscas mudanças de humor que podem ocorrer em decorrência da tensão pré-menstrual. Dentro de uma relação o que acontece a uma das partes, influencia o casal e toda a família. Especialmente a variação hormonal feminina que pode resultar em claras mudanças de âmbito emocional e comportamental.
A gravidez é uma fase na mulher que pode trazer sentimentos de grande elevação humana como ternura, abnegação, amor pela vida e a natureza e/ou levar a vários desconfortos de ordem física (como enjoos, mal estar, dores nas costas) e emocionais (exacerbação da sensibilidade, humor lábil, tristeza).
Além das oscilações hormonais, as mudanças corporais neste período, por si só, já implica numa questão importante a ser observada. Algumas mulheres sentem a gravidez como um período de ganhos e perdas: a presença de outra vida dentro de si, a perda da imagem corporal antiga; ganhos de um status social e perda de outro.
É ainda um momento de muita insegurança para a mulher quanto à saúde e responsabilidade com a vida do bebê, seu futuro, as condições socioeconômicas, a relação conjugal etc. Preocupações que são também compartilhadas com o marido e a família.
A família deve ficar atenta e acompanhar as mudanças que se visibilizam na mulher, compreendendo que é uma mudança coletiva; toda a família está em transformação com a chegada do bebê. Para o marido significa a oportunidade de exercer o apoio e o desvelo familiar, construindo um ambiente de acolhimento e compreensão.
Com a chegada da menopausa, além das alterações de humor geradas pela variação hormonal, se apresenta uma fase repleta de mudanças quanto à função social da mulher, do seu lugar dentro da família e da sua condição de esposa.
O marido deve se valer da experiência alicerçada durante anos de contato e convivência para reforçar e renovar os votos de cumplicidade e amor.
Entretanto, permita-se lembrar de que os sintomas que provém da variação de humor, seja em qualquer fase, não devem ser usados como justificativa para assegurar o perdão em quaisquer situações de atrito e desequilíbrio. A compreensão do episódio não significa necessariamente pactuar com o desfecho. A responsabilidade de cada um pelas suas atitudes é condição inerente à maturidade que qualquer ser humano pode conquistar.
O marido não deve apenas compreender ou “tolerar” quando a mulher estiver na fase da TPM / Menopausa ou gravidez. Ele, em total sintonia com ela, pode buscar formas harmoniosas para lidar com a situação, usando a cumplicidade e o vínculo amoroso profundo. A mulher por sua vez deve considerar os desafios que envolvem a questão para ambos, usando estratégias claras e criativas. Isso se aplica para todas as situações, inclusive o sexo. Cada casal dispõe dos seus próprios recursos de conciliação e solução: alguns casais podem se utilizar do humor, outros da conversa e proximidade amorosa, outros ainda de atividades prazerosas. Ganha mais o casal que se conhece e que juntos se dignam a procurar caminhos inteligentes para os desafios que toda relação humana implica.
Nota da CONTIoutra: O texto acima foi publicado com autorização do autor.
SÉRGIO FELIX
Coordenador do Solar Espaço Terapêutico
Especialista em Teorias e Técnicas em Cuidados Integrativos (UNIFESP)
Pós-graduado na USP.
Desenvolve pesquisas a respeito de medicinas tradicionais e práticas de cura espiritual.
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