A teimosia é uma praga miudinha que nasce na alma da gente, assim como quem não quer nada. Erva-daninha que precisa de muito pouco para se alimentar e vai tomando tudo, com seu jeitinho matreiro e insistente.
Se nos transformarmos nessa gente teimosa, vamos ficando míopes das habilidades de ler a vida e o mundo. Ficamos obstinados numa imagem única, sempre na mesma posição, esperando que tudo dê certo por um milagre.
E de tanto olhar de um jeito só, para a mesma coisa, achando que toda a nossa alegria depende de aquilo dar certo, afunilamos nossas possibilidades de navegação, viramos barquinhos ancorados num porto que é seguro, sem dúvida… mas também é muito, muito chato.
Corremos o sério risco de confundir foco com visão estreita. Ter foco, não é ignorar todo o resto em detrimento de um único sucesso; isso é obsessão. Uma certa pitada de dispersão é absolutamente necessária para se enxergar além; além do problema, além da solução, além do fracasso, além da vitória, além da alegria e além da dor.
Alegrias enfileiradas, arrumadinhas como meninas e meninos bem-vestidos, engomados e de sapato de verniz, impedem a gente de aprender da vida uma ginga esperta e graciosa.
Alegrias previsíveis deixam a gente meio entorpecido, mergulhado numa analgesia insossa e monótona. De repente, a gente nem sabe mais o que ser feliz, de tanto estar acostumado a ser um bobo alegre.
Já as tristezas pungentes e perseverantes, aquelas que ficam bem acomodadas e agasalhadas entre nossos braços conformados…
Ahhhhh… essas bichinhas são especialistas em misturar todas as cores da nossa alma, transformando tudo naquela cor incerta e depressiva que é capaz de roubar a beleza, das mais belas experiências.
Tristezas agasalhadas, também têm esse poder anestésico. E, antes que nos demos conta, acabamos nos acostumando a permanecer mergulhados nesse lugar; piso lodoso, areia movediça.
É impressionante a nossa tendência a querer polarizar tudo nessa vida: ou é preto ou é branco; ou é tarde, ou muito cedo; estamos passados ou despreparados; temos de mais ou de menos. E essa visão em cone invertido, reduzida e emperrada é a nossa maior inimiga… porque tudo, absolutamente tudo nessa vida é lição dada; se a gente escolhe aprender ou ignorar, já é outra coisa.
Saibamos, pois, sorver das intempéries o substrato rico de força, superação e resiliência. Saibamos nos lambuzar das felicidades, até que toda dor não tenha outra escolha, a não ser se escorregar para além de nós. Porque tudo o que nos faz sorrir, nos faz mais doces. Mas, tudo o que nos faz sofrer, nos faz mais fortes!
Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme Soul Surfer
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