A jornalista Gloria Maria passou por uma cirurgia no último dia 11 para a retirada de uma “lesão expansiva cerebral”. Na quinta-feira (14), ela recebeu alta do hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, onde o procedimento foi realizado, e lá está em casa.
A apresentadora do Globo Repórter se sentiu mal no dia 7 de novembro e foi internada. Após ser submetida a uma ressonância magnética, foi detectada uma lesão cerebral e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência.
A lesão cerebral, conhecida também como neoplasia, ou popularmente como tumor, pode benigno ou maligno.
Vale ressaltar que nem todo tumor é câncer. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia – que pode ser benigna ou maligna.
Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.
As neoplasias benignas não costumam apresentar risco à vida, entretanto, podem complicar-se quando aumentam em grande quantidade, levando à compressão de órgãos e tecidos próximos.
As neoplasias malignas, por sua vez, são formas mais graves, podendo ser de difícil tratamento, principalmente quando descobertas tardiamente.
Sintomas da neoplasia
● Dores de cabeça: costumam ser o primeiro sintoma a se manifestar e se tornam mais frequentes à medida que o tempo passa. Podem não melhorar com remédios comuns para dor de cabeça e ser acompanhadas por náuseas e vômitos. Elas podem piorar quando o paciente se deita ou abaixa a cabeça.
● Convulsões: as convulsões assumem diferentes formas como apresentar dormência, formigamento, movimentos descontrolados dos braços e das pernas, dificuldades na fala, sentir cheiros estranhos ou ter sensações estranhas, episódios de inconsciência e convulsões.
● Mudanças nas funções cognitivas, no humor ou na personalidade: o paciente pode ficar retraído, temperamental ou ineficiente no trabalho, sentir-se tonto, confuso ou incapaz de pensar. Depressão e ansiedade, especialmente se aparecem repentinamente, também podem ser sinais de tumor cerebral. O paciente também pode se tornar desinibido ou agir de forma completamente diferente da que lhe era habitual.
● Mudanças na fala: como dificuldade para encontrar palavras, falar de forma incoerente, incapacidade de se expressar ou de compreender a linguagem.
● Alteração nas capacidades auditiva e olfativa ou na visão, incluindo visão dupla ou embaçada.
● Perda do equilíbrio ou da coordenação
● Mudança na capacidade de sentir: calor, frio, pressão, um toque leve ou algo afiado.
● Alterações no pulso ou frequência respiratória: se o tumor pressionar o tronco cerebral.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de um tumor no cérebro, de acordo com Leonardo Takahashi, especializado em neurocirurgia funcional pelo serviço da Central da Dor e Estereotaxia do Hospital A.C Camargo Câncer Center, em São Paulo.
Se o tumor se originou na cabeça, doenças genéticas são determinantes, segundo Takahashi.
“Já o hábito de fumar aumenta a chance de câncer de pulmão que, de acordo com estatísticas, é o tipo de tumor que mais gera metástase no cérebro”, afirma o especialista.
No caso das mulheres, o câncer de mama é o que tem mais probabilidade de se espalhar. A exposição à radiação também é arriscada: “Nessa situação, ocorre uma mudança no DNA das células, que pode gerar um tumor”, finaliza Leonardo Takahashi.
Redação CONTI outra. Com informações de Catraca Livre e R7