Imagem de capa: Africa Studio/shutterstock
Acordei assim, igual. E fui fazendo o de sempre, assim, igual.
Mas, num piscar de olhos, numa olhada rápida no espelho, mudei.
O que determina essas pequenas mudanças de ritmo, pensamento, disposição, ânimo? A gente percebe que mudou, que algo se alterou, uma sintonia nova conectou, mas não faz nenhuma associação.
Mudar é estado natural. Mudamos o tempo inteiro. Nem sempre para melhor, mas mudamos. Quando percebemos, então levamos o susto. Porque não gostamos muito de sair do lugar.
A gente muda sem querer, muda porque é preciso se adaptar. E quando a gente resiste e se recusa, a gente sofre. Sofre por não querer mudar e sofre ainda mais por estar no processo de mudança.
E sempre que a gente anuncia que vai mudar, pouco muda. Porque a exigência fica enorme e a resistência, maior ainda.
Mudar é se equilibrar. É viver num mundo por vezes maravilhoso, por outras, inóspito. Mudar é ter jogo de corpo, a mente aberta, sentimentos suaves e apegos saudáveis.
Sem pretensões, as mudanças chegam. E quando são boas, ainda nos colocam sorrisos no rosto, daqueles que a gente nem sabe o porquê.
Por isso é tão importante buscar conexão com o que nos faz bem. Companhia, palavras, histórias, parcerias. Os espelhos por onde apreciamos nossas melhores mudanças.
Todos os dias podem ser iguais, mas nós, os protagonistas dos dias, estamos em constante mudança.
Não nos esforcemos para continuar iguais. Não vale a pena todos os dias fazer uma combinação diferente de roupas, sapatos e acessórios, e continuar vestindo as mesmas ideias e inspirações do dia anterior.
Quanto mais a gente muda, mais a gente cresce, e menos assustadora será a imensidão do mundo que ainda não conhecemos.
Permita sempre que um dia assim, sem maiores pretensões, traga os ventos de mudança.