O trecho a seguir é parte de um dos livros do autor italiano Federico Moccia, traduzido para o português como “Um instante de felicidade”.
“Aquele instante de felicidade… Quando choveu até um minuto atrás, você precisa sair e decide não levar o guarda-chuva, e, assim que sai aparece o arco-íris e logo depois o sol. E, de repente, você entende o que é a confiança.
Aquele instante de felicidade… Quando você está ao telefone contando a ela sobre o seu dia. E ela te pergunta: “Onde você está agora?”. E, enquanto você está explicando, ela chega de carro e sorri.
Aquele instante de felicidade… Quando você está na fila do supermercado e não está com pressa, mas a pessoa à sua frente, não sabe por que te olha, vê que você está comprando muito menos coisas e decide deixar você passar. Você diz que não precisa, imagina, e sorri. E se sente seu amigo para sempre. Mesmo que nunca mais a veja.
Aquele instante de felicidade… Quando você espera a chegada de uma mensagem, aquela mensagem, e olha o celular mil vezes, mas nada, não chega. Depois, você se distrai por um segundo… e lá está ela! Então, você a abre e está escrito exatamente o que você queria.
Aquele instante de felicidade… Quando, depois de ter pensado por vários meses sobre qual presente lhe comprar, você pára e entende que é o dia mesmo que deve se tornar um presente. E então você programa tudo, da manhã à noite, para que cada momento seja para ela realmente uma surpresa. E espera que ela possa te amar ainda mais.
Aquele instante de felicidade… Quando você termina algo que devia fazer, e talvez tenha sido necessário um grande esforço e você não tivesse certeza de que conseguiria. E, no entanto, sim, você consegue. E você se sente um campeão, mas um daqueles que vence em segredo, correndo à noite numa pista deserta.
Aquele instante de felicidade… quando alguma coisa cai do seu bolso, e você não percebe, mas alguém te chama porque pegou aquilo e quer te devolver. Por um segundo, você não entende e quase não acredita, mas depois olha a pessoa nos olhos e vê que é sincera. Mesmo que sejam só vinte centavos, parece que te devolveram um tesouro.
Aquele instante de felicidade… quando, finalmente, depois de ter perdido muitas bolas, você domina uma, se aproxima do gol, não pensa em nada, chuta e marca. Todos pulam em cima de você, te soterram, te sufocam e parece que você venceu a Copa do Mundo, mesmo que esteja quatro a um para o time adversário…
Aquele instante de felicidade… quando, depois de um dia checando suas notificações do Facebook, esperando que apareça aquele “l”, finalmente acontece. Ela visualizou e respondeu alguma coisa que faz você se sentir muito importante.
Aquele instante de felicidade… quando a bateria do celular está acabando, mas ela telefona e você espera que a carga inteira apenas aquele tanto que bastará para que ela possa dizer “eu te amo”. Ela diz “eu te amo” e, depois de um só instante, o celular desliga, e talvez você também quisesse dizer alguma coisa carinhosa, em vez disso, permanece ali, com seu sorriso idiota…”
Como diz o próprio autor com outras palavras: todos os segundos da sua vida que você gostaria de voltar e reviver são instantes de felicidade que passaram. Afinal, ser feliz é simples. Depende só da gente.
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