Imagem de capa: Maisevich Alexey/shutterstock
Romantizar as relações é uma tarefa comum entre os apaixonados. As pessoas tendem a romantizar as histórias, verem qualidade onde nunca existiram e dedicarem músicas às fases dos relacionamentos como se fosse um filme de Francis Ford Coppola. Porém, ao perceberem que o outro não corresponde à suas expectativas, o conflito se instaura e o drama começa.
Para que haja superação da dor e para que o término não vire uma tortura psicológica é preciso entender os motivos que, realmente, levaram ao término. É necessário fazer uma autoavaliação e colocar na balança o que foi decepção e o que foi ilusão criada pela paixão.
O que o levou ao encantamento no começo da relação? Por que ele era interessante? Por que ela era mais atraente? Por que parecia mais fácil suportar as diferenças?
Todos esses questionamentos refletem o seu comportamento até aqui. Para respondê-los é necessário, primeiramente, entender que ninguém é configurado para agradar os outros. Somos formados de personalidade, hábitos e educação, e forçar uma relação a dar certo, acreditando que ela acabará se tornando perfeita, é como dar um tiro no próprio pé.
A não ser que vocês estejam dispostos a isso, a probabilidade de um dos dois mudarem “por amor” é zero. As pessoas mudam/amadurecem conforme as situações que enfrentam na vida e não a bel-prazer do parceiro.
A escolha de um parceiro envolve atração (física e emocional), admiração, desejo e respeito. Quando a paixão cega, a maioria desses “requisitos” são camuflados prevalecendo somente a perigosa atração física. Aí, meu amigo, lascou tudo.
Uma paixão pode te deixar boba, mas não burra. Pode embaçar a visão, mas não cegá-la. Pode até te deixar iludida, mas nunca enganada. Então, pare de colocar a culpa sempre no outro e veja se não foi você quem viu a perfeição onde nunca existiu.
O amor dá sinais, mas é a convivência que os comprova. Sabemos quando alguém não é para nós. Os sinais são claros, os defeitos irritantes e a rotina avassaladora. Stephen Charles Kanitz, consultor de empresas e conferencista brasileiro, afirma que “não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.”
Ele fala que a ama, mas a ofende na primeira oportunidade. Ela diz ser compreensiva, mas tem mais ciúmes que uma psicopata. Ele diz ser calmo, mas já ameaçou te agredir. Sinceramente, a culpa é somente do outro ou você, também, compactua com isso sendo permissivo demais? Entenda: você tem direito de errar, mas não ouse transformar isso em um casamento.
Não teima com o destino. O que não é seu, nunca irá te servir. Limpe a alma, arrume o coração e pare de viver de remendos. Há oportunidades que só entrarão pela porta, quando você tiver coragem de fechar as janelas.
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