Mudar é passar para outro estado, outro lugar, outro foco.
Tem gente que muda espontaneamente, sem sofrimento nem dor, delicadamente, como a passagem do sol pelo dia. Tem gente que enxerga vantagem em não ser a mesma pessoa todos os dias, que se transforma sem dramas, inspira os demais, vive a real liberdade que transcende os rótulos e aprovações. Essa gente é pipoca fresquinha, cheirosa, que a gente fica com vontade de encher as mãos e saborear.
Tem gente que não espera o apito final, que aproveita as chances e se joga, se veste com outras ideias e outros cenários. Gente que não teme aquela olhada para trás, não deixa que o saudosismo engesse as pernas e segue em frente, sorvendo e digerindo as transformações. Essa gente é pipoca das boas, que estoura enorme e inspira os milhos indecisos.
Mas tem gente que luta e reluta, que só vê cansaço e trabalho na mudança, que sofre e se contorce quando a vida convida aos novos desafios. Gente que se jogaria debaixo do sofá para esperar a transformação passar. Que não ousa mudar nem mesmo o lado para onde cai o cabelo. Que acredita em azar, torce para que nenhuma surpresa abale a rotina, nenhuma notícia mova as coisas do lugar.
Essa gente é milho duro que resiste, vai se deixando ir para o fundo do saco, se escondendo, fingindo ser até mesmo feijão, para não se deixar cair no panelão da vida. Esse panelão que sacode tudo o tempo todo e exige o máximo de resistência, flexibilidade e, muitas vezes, união de quem está dentro, para não desandar.
Os milhos duros não percebem quando já estão mudando de cor, ficando ásperos e sem sabor. Acreditam que a metamorfose da panela é mais dolorosa do que a fuga das mudanças. Observam os ímpetos dos corajosos e torcem silenciosamente para que nada dê certo, para que algo comprove suas teorias, e confirme que seus temores fazem sentido.
Os milhos duros não sabem que as mudanças os conectam com o tempo, os colocam em sintonia com as evoluções e transformação. Se isso soubessem, não hesitariam.
Na agonia de se preservarem e não se alterarem, desprezaram as habilidades de adaptação e progresso.
Para ser milho duro é preciso resistir, mas, para virar pipoca, basta se jogar!
E uma vez pipoca, nunca mais milho duro.
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.
Como estudantes, muitas vezes nos deparamos com imagens de texto que talvez precisemos incluir em…
O poema "Ozymandias", escrito por Percy Shelley em 1818, traz à tona reflexões sobre a…
Um filme que pode ser visto por toda a família e que toca o coração…