No cenário de uma das piores tragédias já vivenciadas em Canoas (RS), o relato comovente de uma mãe ecoa entre as histórias de dor e perda. Gabrielli Silva, 24 anos, enfrenta um vazio insondável após confirmar que sua filha Agnes, com apenas seis meses de vida, não sobreviveu às enchentes que assolaram a região.
Desde o fatídico dia 5 de maio, quando o barco que resgatava sua família virou, a busca frenética por Agnes consumiu a vida de Gabrielli. Em suas redes sociais, neste Dia das Mães, seu desabafo ecoou como um lamento eterno: “Infelizmente, a história não teve o desfecho que eu desejava. Agora, esse vazio na foto será eterno, e a saudade e a lembrança vão permanecer.”
Gabrielli relembrou com carinho da pequena Agnes, irmã gêmea de Ágata, a quem carinhosamente chamava de ‘miss simpatia’. Em meio ao pesar, a mãe compartilhou a angústia vivida desde o dia do resgate, quando o barco que os transportava naufragou e Agnes desapareceu.
“Como vou continuar caminhando sem me culpar por tudo? Sei que ninguém teve culpa, muito menos as pessoas que se dispuseram a nos salvar. A todos que estavam dando suas vidas para nos resgatar, toda minha gratidão, vocês são meus heróis”, expressou Gabrielli, em meio às lágrimas e ao agradecimento às equipes de resgate.
Com lágrimas e um coração dilacerado, Gabrielli dirigiu-se à sua pequena, agora nos braços de Deus: “Nossa luta diária de angústia a cada segundo acabou, e agora você pode descansar no colo de Deus, minha vidinha. Te amo até a eternidade, miss simpatia, e me perdoa por não ter conseguido te pegar, filha. Me perdoa, meu amor.”
De acordo com o MSN, os números oficiais da Defesa Civil revelam a extensão da tragédia: sete mortes confirmadas neste domingo, totalizando 143 vítimas. As autoridades ressaltam que os balanços são parciais e que os números tendem a aumentar, em um cenário de desolação e tristeza que marca Canoas e seus habitantes.
, o relato comovente de uma mãe ecoa entre as histórias de dor e perda.){kind=link}