Vem do município de Marechal Deodoro (AL), região metropolitana de Maceió, uma das melhores notícias da semana. Foi lá que um grupo de médicos e enfermeiros celebrou com aplausos e músicas religiosas a recuperação de Benedito Correia dos Santos, de 104 anos, que ficou 12 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no hospital da Mulher, após testar positivo para Covid-19.
Comovido com a reação dos profissionais do hospital, Bemedito agradeceu e atribuiu a recuperação a Deus. “Eu venci, graças a vocês e a Deus”, disse.
O alagoano não é o único idoso centenário a se curar da Covid-19 no Brasil. No Nordeste, há casos recentes em pelo menos quatro estados, Alagoas, Bahia, Maranhão e Paraíba. A recuperação dessas pessoas pertencentes ao grupo de risco tem impressionado médicos e pesquisadores.
Segundo uma matéria publicada por Aliny Gama no Uol, cientistas do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco da USP estão estudando um grupo de pessoas com mais de cem anos que conseguiram se curar da covid-19 e jovens que morreram em decorrência da doença, que já deixou quase 200 mil mortos no país. Os cientistas tentam descobrir a relação com um genoma em resposta à doença.
De acordo com a última pesquisa do IBGE, o Brasil tem 24 mil habitantes com mais de cem anos. O número corresponde a 0,012% da população brasileira, que é de 211,8 milhões de pessoas. A expectativa de vida do brasileiro é de 76 anos.
Estudo do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) americano apontou que pacientes com mais de 65 anos desenvolveram sintomas graves da doença com necessidade de internação e cuidados em UTI. Além disso, pessoas que têm mais de 85 anos tiveram sintomas mais graves e foi o grupo que dominou a taxa de mortes por covid-19 nos EUA.
O médico infectologista Fernando Maia, professor do curso de medicina da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia, afirma que pessoas com mais de cem anos se curarem da covid-19 é “uma vitória porque a estatística é contra elas.”
“A pessoa que tem mais de 60 anos é de grupo de risco porque a imunidade vai baixando ao longo dos anos, com o avanço da idade, como também as comorbidades que adquire”, diz.
A orientação de que pessoas com suspeita de infecção do novo coronavírus ou casos positivos confirmados devem ir ao médico para avaliação, o mais breve possível. “As pessoas devem ser isoladas para não transmitir o vírus, mas é imprescindível ir ao serviço de saúde para a gente ver se tem a tendência a evoluir mal ou bem ou recuperar sequelas mais rapidamente”, explica Maia.
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Redação Conti Outra, com informações de UOL.
Foto de capa: Reprodução.
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