ELEFANTE BRANCO
No antigo Sião (hoje Tailândia), quando o rei antipatizava com um cortesão, presenteava-o com um elefante branco, que era um animal sagrado. A vítima evidentemente não podia cometer a grosseria de recusar o mimo real. E , assim, ficava com a obrigação de cuidar do animal, cujo porte, apetite e longevidade arruínam qualquer um que não seja dono de um circo. Pior, o elefante tinha de ser enfeitado e mantido com soberbo aspecto para não irritar o rei, que fazia visitas de surpresa para pessoalmente fiscalizar o tratamento dispensado ao seu presente. Dizem que, quando o cortesão era muito, mas muito chato, o rei brindava-o com gêmeos.
A expressão ficou com o sentido de presente incômodo e ganhou popularidade a partir do século XVIII, com a comédia francesa “L” Elephant Du Roi Du Siam”, de Ferdinand Lalou, transformada em opereta por Albert Henry Monnier e De Grooot.
Excerto do livro “A Casa da Mãe Joana”, de Reinaldo Pimenta – Editora Campus
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